segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

2010: O VERDADEIRO INÍCIO DO SÉCULO XXI !

O MÊS DE JANEIRO SE FOI, MUITAS COISAS VÍ PELA TV, NET, LÍ JORNAIS SOBRE VÁRIAS COISAS... MUITAS ASSUSTARAM: HAITÍ... CHUVAS NO BRASIL, NO SUDESTE....ROUBALHEIRA EM BRASÍLIA...
COISAS INTERESSANTES: O PODERIO DA CHINA, AS CRISES DOS PAÍSES RICOS QUE DESPEJAM EM NÓS SEUS PROBLEMAS....

NESTE ANO DE 2010 TEREMOS ELEIÇÕES...

O MUNDO APROFUNDA A GLOBALIZAÇÃO... AS COISAS VÃO DE FATO CONSOLIDANDO AS CERTEZAS E INCERTEZAS REFERENTES AO SÉCULO XXI.

POR ISSO, ESCOLHÍ ESTE TEXTO ABAIXO, ENTRE MUITOS PARA ILUSTRAR O QUE PENSO TAMBÉM...


A grande crise do sistema financeiro norte-americano de 2007-2009 marcará o fim de um longo ciclo de expansão econômica mundial marcada pela hegemonia absoluta dos EUA e pela globalização financeira. Nesse contexto, o dinamismo para os demais países emergentes como o Brasil terá de se localizar na expansão do mercado doméstico e nas exportações de commodities para a China, que está configurando uma nova divisão internacional do trabalho.
A opinião é do economista Yoshiaki Nakano em artigo no jornal Folha de S.Paulo, 27-01-2009.
O ano de 2010 deverá ficar na história econômica mundial como início de uma nova era ou do verdadeiro início do século 21. A grande crise do sistema financeiro norte-americano de 2007-2009 marcará o fim de um longo ciclo de expansão econômica mundial marcada pela hegemonia absoluta dos EUA e pela globalização financeira.
Essa crise já trouxe mudanças profundas tanto na configuração política como na economia global. É verdade que mudanças estão ainda em gestação, mas algumas tendências são visíveis, de forma que podemos fazer pelo menos duas conjecturas do quadro global a partir de 2010.
Em primeiro lugar, a mudança na governança global é visível com a constituição do G20, em substituição ao G7. É importante lembrar que o G20 era um fórum de ministros de Fazenda. Com a crise financeira, a reunião do G20, em outubro passado, transformou-se em fórum maior de chefes de Estado das 20 nações mais importantes do planeta. A participação do presidente dos Estados Unidos nessa reunião representou simbolicamente o fim do unilateralismo e da hegemonia absoluta norte-americana e o reconhecimento da "cidadania política mundial" de países emergentes como a Índia, o Brasil e a África do Sul.
Essa mudança na governança global terá consequências mais profundas na América Latina e no Brasil do que na Ásia. Está surgindo o novo desenvolvimentismo nacional, em que alguns emergentes terão espaço para traçar autonomamente o seu destino, ainda que num mundo cada vez mais integrado e globalizado. De fato, o Brasil nesse novo quadro do G20 está tendo que descobrir e definir pragmaticamente os seus interesses nacionais, na medida em que tem de negociar de igual para igual com nações desenvolvidas que sabem muito bem defender os seus.
A segunda grande mudança está ocorrendo na dinâmica da economia global. O superendividamento do consumidor norte-americano, que se traduzia num enorme deficit em transações correntes e num desequilíbrio global, está na raiz da atual crise. Isso está provocando grandes ajustes, com aumento da taxa de poupança e redução do deficit. O colossal socorro do governo norte-americano aos bancos está se convertendo num crescimento explosivo da sua dívida pública, enfraquecendo o dólar como moeda de reserva.
Tudo isso deverá romper com a estrutura dinâmica da economia mundial, em que os EUA estão deixando de ser o centro dinâmico global como consumidores e importadores em última instância. Além disso, como a única saída sustentável para a recuperação do emprego está no aumento das exportações, os EUA estão depreciando o dólar e promovendo uma "guerra cambial" contra o resto do mundo.
Por outro lado, em 2010 a China ultrapassará o Japão, constituindo-se na segunda maior e mais dinâmica economia mundial. Mas, ao atrelar o yuan ao dólar, a China também promove a "guerra cambial". Nesse quadro, o dinamismo para os demais países emergentes como o Brasil terá de se localizar na expansão do mercado doméstico e nas exportações de commodities para a China, que está configurando uma nova divisão internacional do trabalho.

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