segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

OBAMA UM ANO DEPOIS: OS SETE ERROS DO PRESIDENTE DOS EUA...

TAÍ UM FATO QUE MERECE SER PENSADO E FALADO: UM ANO DEPOIS DA POSSE DE BARACK OBAMA O QUE MUDOU?
LEMBRO-ME DE QUE NO BRASIL TAMBÉM FOI ASSIM: UM ANO DEPOIS DE LULA E NADA...

SÓ DESACERTOS, E HOJE O QUE VEMOS?

SERÁ QUE O CAMINHO TRAÇADO POR OBAMA SERÁ DO DE LULA?

"ESSE É O CARA" DISSE OBAMA A LULA...

ACHO QUE ESPERÁVAMOS QUE OBAMA FOSSE O CARA...

MAS, AINDA NÃO ESTÁ SENDO TUDO QUE ESPERAMOS...

MAS, O TEMPO DIRÁ...

AFINAL, APENAS UM ANO...

O presidente Barack Obama completou neste dia 20 janeiro um ano de mandato. As expectativas há um ano eram enormes. Obama começou 2009 com 78% de aprovação e viu seu índice cair para 47% em menos de um ano. Foi uma das maiores quedas já registradas por presidentes norte-americanos em seu primeiro ano. O Opinião e Notícia selecionou sete erros do presidente que podem ter contribuído para esta queda e que devem trazer problemas para Obama nos próximos anos.

1. Guantánamo. A decisão de fechar a prisão na ilha foi comemorada internacionalmente, mas o presidente cometeu um grave erro ao declarar que ao fim de 2009 ela estaria completamente desativada. A transferência de prisioneiros se mostrou um trabalho mais complexo que se imaginava e muitos países não desejavam ter de volta seus cidadãos.
Ao final do ano, não só a prisão na ilha não fechou como o sistema de libertação/transferência dos prisioneiros provavelmente terá que ser revisto. Muitos deles estavam sendo enviados para países instáveis. O IÊMEN, por exemplo, recebeu sete prisioneiros de Guantánamo. O Iêmen foi o país no qual foi treinado o terrorista Umar Farouk Abdulmutallab, responsável pela tentativa de explodir um avião vindo de Amsterdam em direção a Detroit, nos Estados Unidos, no Natal.


2. Guerra contra Fox News. Na mesma entrevista em que matou uma mosca com reflexos rápidos, Obama investiu contra um rival bem mais poderoso: a Fox News. “Existe um canal de televisão inteiramente dedicado a atacar o meu governo. Seria bem difícil encontrar uma única notícia positiva sobre mim no noticiário deles”, afirmou. Os assessores pioraram a polêmica criada pelo presidente. A diretora de comunicações da Casa Branca, Anita Dunn, chegou a afirmar que a Fox News opera como uma extensão do Partido Republicano, opositor do partido governista, e que o canal seria tratado como um adversário pelo governo. Membros da administração do presidente pararam de comparecer aos programas da Fox News e a empresa passou a ter seus jornalistas barrados nas coletivas de imprensa.
Obama foi comparado a dois presidentes norte-americanos, John Adams — o segundo a ocupar o cargo — que em uma jogada autoritária emitiu um ato suprimindo críticas ao governo, o Ato de Sedição. O outro foi Richard Nixon, que era conhecido por manter uma “lista de inimigos”, com o nome de comentaristas e jornalistas que não eram simpáticos a seu governo. Especialistas afirmaram que o presidente teria atentado contra a primeira emenda da constituição norte-americana, de liberdade de expressão. Quem agradece é Rupert Murdoch, dono da Fox News, que viu a audiência no canal bater recordes.

3. Envio de tropas para o Afeganistão. Ainda é cedo para saber se o envio de mais tropas para o Afeganistão foi a decisão correta, mas a forma como ela foi feita certamente foi um erro. O general norte-americano Stanley McCrystal, que comanda as tropas da OTAN no país, pediu que o presidente enviasse mais 40 mil soldados, ou encarasse uma “possível derrota”. Em discurso, Obama anunciou o envio de 30 mil soldados, mas cometeu o erro político de fixar um prazo de 18 meses para o início de seu retorno. O que se tentou fazer foi agradar o Partido Democrata e os cidadãos dando um prazo para o fim do conflito enquanto o presidente fazia o que achou ser necessário: enviar mais tropas para o Afeganistão.
O que Obama conseguiu foi colher a impopularidade resultante do envio de mais tropas enquanto era criticado por indecisão e por mandar mensagens contraditórias em seu discurso. Segundo o presidente, as tropas deverão começar a retornar ao fim de 2011. Tudo indica que este, assim como Guantánamo, será um prazo não cumprido. McCrystal não parece acreditar na data. O general não vê ainda início do fim do conflito. Citando Winston Churchill, McCrystal foi mais realista: “este é o fim do início”.

4. Eleições no Afeganistão. John Dempsey, chefe do Instituto Norte-Americano de Paz em Kabul, afirmou em janeiro de 2009 que Obama “não vai apoiar cegamente o presidente Hamid Karzai como o governo Bush fez por tanto tempo”. Durante sua campanha, Obama criticou presidente afegão por seu governo corrupto e leniente com o tráfico de drogas crescente no país. A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, definiu o governo de Karzai como uma “cleptocracia.” Existia forte especulação de que o presidente Obama tentaria forçar a saída de Karzai.
O que aconteceu foi exatamente o inverso. Os partidários do presidente afegão fraudaram as eleições do país. Quando a fraude se tornou irrefutável, a comunidade internacional obrigou Karzai a convocar um segundo turno, mas seu oponente desistiu de participar da corrida presidencial. Obama se viu forçado, junto com a ONU, a reconhecer Karzai como vitorioso, mesmo ele não tendo conseguido metade dos votos válidos. O presidente – que se elegeu com a promessa de mudanças – teve se resignar com um telefonema para Karzai, congratulando-o pela vitória e pedindo para que o presidente afegão “inicie um novo capítulo” na legitimação de seu governo.

5. Obama na Ásia. No dia 13 de novembro o presidente fez sua primeira viagem pela Ásia, começando pelo Japão. As críticas de que ele teria se curvado demais para o imperador japonês são exageradas — foi mera cortesia — mas a forma como Obama se curvou diante da China, este sim foi um erro. Obama aceitou condições nunca antes feitas a um presidente norte-americano em visita ao país.
Obama não se encontrou com o líder tibetano Dalai Lama. O presidente não pressionou o governo chinês sobre a sua política de desvalorização do yuan ou sobre os mísseis apontados para Taiwan, o que era esperado. Chegou a falar sobre a questão de liberdade de informações e direitos humanos, em uma reunião com estudantes de Shangai, que, ironicamente, teve sua transmissão censurada no país. O presidente e o primeiro-ministro chinês, Hu Jintao, estiveram em uma reunião conjunta com repórteres, mas a China não permitiu que a imprensa fizesse perguntas.
Se compararmos com a visita de Bill Clinton, em 1998, a diferença é gritante. Clinton também falou com estudantes, mas falou o que quis com transmissão para todo o mundo. No caso de Obama, os “estudantes” eram ligados ao partido comunista e foram treinados sobre quais perguntas deveriam fazer ao presidente. O ex-presidente conversou à vontade com repórteres, ao contrário de Obama. A análise da revista inglesa The Economist foi que as precauções da China mostram que o governo do país teme os direitos que os Estados Unidos simbolizam, mas que Obama se mostrou fraco ao não defender com mais veemência.

6. Protecionismo. “Vandalismo econômico”. Este foi o título do editorial da revista Economist ao se pronunciar sobre a decisão de Obama de colocar tarifas contra a importação de pneus vindos da China. O governo, sabendo que a decisão iria receber críticas, escolheu a sexta-feira do dia 11 de setembro às 21h para fazer o anúncio. Não funcionou. O Wall Street Journal lembrou que o presidente assinou diversas declarações junto com os membros do G20 afirmando que um dos maiores perigos para a recuperação econômica mundial é o retorno de medidas protecionistas. Na ocasião, o ministro de Comércio chinês, Chen Deming, afirmou que se tratava de uma violação das regras da Organização Mundial do Comércio e de compromissos que o governo norte-americano fez em reuniões do G20.
Como apontado pelo New York Times, o presidente recorreu a uma seção nunca usada do código norte-americano de leis de comércio. Pior, o presidente usou a lei contra o que se tratava de uma competição legítima, e não desleal. As tarifas impostas não foram só atacadas pela imprensa por serem politicamente irresponsáveis, elas também são ineficientes. A principal razão para os pneus chineses serem mais baratos é sua grande oferta de mão-de-obra. Ao aumentar o preço do produto em 35%, os fabricantes de carros simplesmente passarão a importar do Brasil ou Índia, que segundo a Economist fabrica pneus que são mais baratos que os norte-americanos. Obama também perdeu a liderança em conversas sobre livre-comércio, tudo em nome de um sindicato de fabricantes de pneus que não representa a maioria que trabalha no setor, mas que apoiou o presidente na campanha de 2008.

7. Impostos para classe média. Se existe algo que os cidadãos norte-americanos são conhecidos por detestar são impostos. Desde a Festa do Chá de Boston a rejeição a impostos altos faz parte da cultura do país. Em campanha, Obama prometeu que não aumentaria impostos sobre a renda de famílias de classe média (até US$ 250 mil por ano). Embora tenha sido aplaudida na época, a promessa está se tornando uma dor de cabeça para o presidente, que aumentou gastos e endividamento e precisa pagar de alguma forma por isto.
Durante todo o ano de 2009 o presidente teve que reiterar sua promessa de não aumentar impostos, enquanto o déficit público também aumentava. Um aumento de impostos sobre cigarros foi motivo de polêmica, pois teoricamente seria um aumento afetando a classe média. Normalmente um imposto como este não chamaria a menor atenção. Embora Obama tecnicamente ainda não tenha quebrado sua promessa (o imposto sobre cigarro não discrimina renda), analistas acreditam que é só questão de tempo até que ele o faça. James Pethokoukis, comentarista político e econômico da Reuters, afirmou que a promessa de Obama é tratada como “piada” nos círculos políticos. O jornal New York Times concorda que a situação de endividamento e gastos crescentes não pode conviver com impostos baixos, mas o presidente parece determinado a levar esta impossibilidade econômica o mais longe possível.

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