"Não perca tempo maldizendo o mal que lhe fizeram, ou os fracassos que teve. Comece a partir de agora a ver o que pode fazer para reconstruir. Siga em frente corajosamente, pois a vida sorri somente para aqueles que não param no meio da estrada." Wellington Braga
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
DO ANTI-NATAL DE COPENHAGUE AO NATAL DE BELÉM !
Antonio Cechin e Jacques Távora Alfonsin, comentam o fracaso da COP-15, à luz da celebração do Natal.
Antonio Cechin é irmão marista, miltante dos movimentos sociais. Jacques Távora Alfonsin é advogado do MST e procurador do Estado do Rio Grande do Sul aposentado.
Eis o artigo.
Os ambientalistas e ecologistas do mundo todo estão lamentando as chances perdidas por lideranças de países ricos como China e Estados Unidos, por exemplo, de garantir a recuperação climática da terra, na recente Conferência de Copenhague, impondo ao futuro do planeta um aquecimento de tal forma progressivo que é capaz de diminuir as possibilidades da espécie humana sobreviver.
Por mais que a história confirme em que medida a concentração da riqueza, o volume astronômico do PIB, a quantidade de dinheiro desviada da produção de bens indispensáveis à reprodução da vida saudável, são inversamente proporcionais ao respeito devido às/os pobres, à terra, à água, à toda a natureza, nenhum prognóstico de futuro do nosso meio-ambiente, mesmo que se prove catastrófico, consegue motivar as potências nacionais que o agridem a mudarem o rumo da depredação violenta que marca o seu interesse econômico.
O sangue das pessoas necessitadas, a semente e a seiva das árvores e dos frutos, a água dos rios e dos mares, o ventre líquido de petróleo e o sólido dos metais, tudo o que a terra abriga, gera e transforma em vida, tem que ser transformado em mercadoria, traduzido em dinheiro, para ser consumido como coisa que tem preço. Mesmo que esse seja o da perda de qualidade de vida na terra. A Conferência de Copenhague não aceitou qualquer vacina contra esse mal. Justamente nessa época do ano, com esse frenesi de aquisição de coisas, de presentes, de shoppings e de supermercados lotados, de papai Noel abraçando e beijando crianças inocentes, de multidões se endividando, comprometendo o seu orçamento familiar para o resto do ano vindouro, a Conferência traduziu bem a cultura dos nossos tempos. Já não são muitas as pessoas que conseguem parar para pensar sobre a distância que tudo isso guarda do Menino nascido em Belém e que deu origem à festa do dia 25, toda ela repassada de sinais retirados da vida, da natureza, do mundo que habitamos.
Uma Criança filha de pais tão pobres que só encontrou refúgio num abrigo de animais, berço num coxo, companhia de pastores, veio para o que era seu “e os seus não a receberam” como diz São João no início do seu evangelho.
Os “seus” de hoje, quem sabe aqueles que estiveram reunidos em Copenhague, será que recebê-la-iam? As semelhanças das agruras e dificuldades de ontem não garantem mudança nenhuma. O casal tinha chegado a Belém obedecendo uma ordem de recenseamento. Os líderes das nações em Copenhague também queriam saber quantas/os somos, mas, pelo que ficou lá decidido, melhor dizendo não decidido, é pouco provável que fosse para tomar as providências urgentes em comida, casa, educação, saúde e outras condições de vida boa e ambiente saudável que o nosso crescimento demográfico exige.
Estamos cansados de constatar que o mundo capitalista transforma tudo o que existe em mercadoria, isto é em produto de venda, com vistas a um ganho em dinheiro e em lucro. É o consumismo desenfreado que dá origem a um desperdício sem tamanho, como se as matérias-primas que a terra nos fornece fossem infinitas. Caminhamos para o desastre, dizem os ecologistas, porque já estamos gastando uma terra inteira e mais um quarto de planeta que já estamos pilhando das gerações futuras.
Enquanto Deus criou a maravilha do Natal, o sistema capitalista inventou o papai Noel que não passa de uma contrafação. Esse velho barbudo que, no tempo natalino, toma conta das ruas e praças e praticamente de toda a mídia é o símbolo por excelência do apelo ao consumismo.
Alguns anos atrás, no auge de nossas Comunidades de Base, era costume ensinar às crianças que enquanto o papai Noel é dos ricos, os pobres têm o Menino Jesus. Hoje, talvez até por causa dos bons ofícios do governo Lula que trouxe inúmeros benefícios para o pobrerio que enche as periferias, como a “Bolsa Família”, as mais variadas políticas públicas como a possibilidade dos próprios catadores de contrair um empréstimo no banco para comprar um carrinho, etc. o sistema consumista anda treinando levas e levas de papais noéis que invadem as vilas e vem à frente das caravanas que distribuem presentes até pelos mais afastados grotões periféricos. O que querem mesmo é esvaziar o bolso dos pobres do que ainda resta de um décimo terceiro salário, ou de algum biscate de final de ano a fim de saldar alguma dívida. O tal de papai Noel é um tormento para as mães pobres que, praticamente são obrigadas pelas crianças cantadas pela propaganda a passar horas numa fila imensa, sob um sol escaldante, para o tal presente distribuído diretamente pelo personagem barbudo, geralmente uma boneca ou um caminhãozinho, tudo de plástico. Objetos de nenhum valor. Melhor seria chamar o símbolo do consumismo, em vez de papai Noel, de o velho de plástico. Todo esse horror de lixo acaba entulhando arroios e mananciais em geral.
Tão difícil quanto salvar o mundo do consumismo e do desperdício é acabar com o símbolo que o capitalismo se apressa em aperfeiçoar de ano para ano. Temos que começar a gritar: Viva o Menino Jesus e abaixo o papai Noel! Aliás o catolicismo popular criou, para o sábado santo, a brincadeira de fundo religioso, da queima ou do enforcamento de Judas o traidor, não raro personificado no cotidiano das Comunidades em alguma figura de político safado. Em face do planeta terra em exaustão por causa de tanto desperdício, não seria o caso de enforcar um boneco chamado papai Noel, símbolo do consumismo e destruidor do Natal cristão?
Então, sim, teríamos feito algo para somar com os milhares de militantes que, do lado de fora da aula magna em que se realizou o Encontro de Copenhage, sofreram maus tratos e prisões pela luta incansável que travaram contra os governos inermes de 193 países, omissos em relação à nossa casa comum que é o planeta Terra.
Antonio Cechin é irmão marista, miltante dos movimentos sociais. Jacques Távora Alfonsin é advogado do MST e procurador do Estado do Rio Grande do Sul aposentado.
Eis o artigo.
Os ambientalistas e ecologistas do mundo todo estão lamentando as chances perdidas por lideranças de países ricos como China e Estados Unidos, por exemplo, de garantir a recuperação climática da terra, na recente Conferência de Copenhague, impondo ao futuro do planeta um aquecimento de tal forma progressivo que é capaz de diminuir as possibilidades da espécie humana sobreviver.
Por mais que a história confirme em que medida a concentração da riqueza, o volume astronômico do PIB, a quantidade de dinheiro desviada da produção de bens indispensáveis à reprodução da vida saudável, são inversamente proporcionais ao respeito devido às/os pobres, à terra, à água, à toda a natureza, nenhum prognóstico de futuro do nosso meio-ambiente, mesmo que se prove catastrófico, consegue motivar as potências nacionais que o agridem a mudarem o rumo da depredação violenta que marca o seu interesse econômico.
O sangue das pessoas necessitadas, a semente e a seiva das árvores e dos frutos, a água dos rios e dos mares, o ventre líquido de petróleo e o sólido dos metais, tudo o que a terra abriga, gera e transforma em vida, tem que ser transformado em mercadoria, traduzido em dinheiro, para ser consumido como coisa que tem preço. Mesmo que esse seja o da perda de qualidade de vida na terra. A Conferência de Copenhague não aceitou qualquer vacina contra esse mal. Justamente nessa época do ano, com esse frenesi de aquisição de coisas, de presentes, de shoppings e de supermercados lotados, de papai Noel abraçando e beijando crianças inocentes, de multidões se endividando, comprometendo o seu orçamento familiar para o resto do ano vindouro, a Conferência traduziu bem a cultura dos nossos tempos. Já não são muitas as pessoas que conseguem parar para pensar sobre a distância que tudo isso guarda do Menino nascido em Belém e que deu origem à festa do dia 25, toda ela repassada de sinais retirados da vida, da natureza, do mundo que habitamos.
Uma Criança filha de pais tão pobres que só encontrou refúgio num abrigo de animais, berço num coxo, companhia de pastores, veio para o que era seu “e os seus não a receberam” como diz São João no início do seu evangelho.
Os “seus” de hoje, quem sabe aqueles que estiveram reunidos em Copenhague, será que recebê-la-iam? As semelhanças das agruras e dificuldades de ontem não garantem mudança nenhuma. O casal tinha chegado a Belém obedecendo uma ordem de recenseamento. Os líderes das nações em Copenhague também queriam saber quantas/os somos, mas, pelo que ficou lá decidido, melhor dizendo não decidido, é pouco provável que fosse para tomar as providências urgentes em comida, casa, educação, saúde e outras condições de vida boa e ambiente saudável que o nosso crescimento demográfico exige.
Estamos cansados de constatar que o mundo capitalista transforma tudo o que existe em mercadoria, isto é em produto de venda, com vistas a um ganho em dinheiro e em lucro. É o consumismo desenfreado que dá origem a um desperdício sem tamanho, como se as matérias-primas que a terra nos fornece fossem infinitas. Caminhamos para o desastre, dizem os ecologistas, porque já estamos gastando uma terra inteira e mais um quarto de planeta que já estamos pilhando das gerações futuras.
Enquanto Deus criou a maravilha do Natal, o sistema capitalista inventou o papai Noel que não passa de uma contrafação. Esse velho barbudo que, no tempo natalino, toma conta das ruas e praças e praticamente de toda a mídia é o símbolo por excelência do apelo ao consumismo.
Alguns anos atrás, no auge de nossas Comunidades de Base, era costume ensinar às crianças que enquanto o papai Noel é dos ricos, os pobres têm o Menino Jesus. Hoje, talvez até por causa dos bons ofícios do governo Lula que trouxe inúmeros benefícios para o pobrerio que enche as periferias, como a “Bolsa Família”, as mais variadas políticas públicas como a possibilidade dos próprios catadores de contrair um empréstimo no banco para comprar um carrinho, etc. o sistema consumista anda treinando levas e levas de papais noéis que invadem as vilas e vem à frente das caravanas que distribuem presentes até pelos mais afastados grotões periféricos. O que querem mesmo é esvaziar o bolso dos pobres do que ainda resta de um décimo terceiro salário, ou de algum biscate de final de ano a fim de saldar alguma dívida. O tal de papai Noel é um tormento para as mães pobres que, praticamente são obrigadas pelas crianças cantadas pela propaganda a passar horas numa fila imensa, sob um sol escaldante, para o tal presente distribuído diretamente pelo personagem barbudo, geralmente uma boneca ou um caminhãozinho, tudo de plástico. Objetos de nenhum valor. Melhor seria chamar o símbolo do consumismo, em vez de papai Noel, de o velho de plástico. Todo esse horror de lixo acaba entulhando arroios e mananciais em geral.
Tão difícil quanto salvar o mundo do consumismo e do desperdício é acabar com o símbolo que o capitalismo se apressa em aperfeiçoar de ano para ano. Temos que começar a gritar: Viva o Menino Jesus e abaixo o papai Noel! Aliás o catolicismo popular criou, para o sábado santo, a brincadeira de fundo religioso, da queima ou do enforcamento de Judas o traidor, não raro personificado no cotidiano das Comunidades em alguma figura de político safado. Em face do planeta terra em exaustão por causa de tanto desperdício, não seria o caso de enforcar um boneco chamado papai Noel, símbolo do consumismo e destruidor do Natal cristão?
Então, sim, teríamos feito algo para somar com os milhares de militantes que, do lado de fora da aula magna em que se realizou o Encontro de Copenhage, sofreram maus tratos e prisões pela luta incansável que travaram contra os governos inermes de 193 países, omissos em relação à nossa casa comum que é o planeta Terra.
QUANTO CUSTA UM MUNDO MAIS LIMPO ?
O número, no entendimento que surgiu de Copenhague, não existe, mas, antes ou depois, começar a trabalhar para diminuir pela metade as emissões de gás carbônico até 2050 com relação a 1990 será inevitável, se não se quiser que o impacto do efeito estuda (secas e inundações, segundo os cientistas) nos destrua, aumentando a temperatura média do planeta em mais dois graus.A reportagem é de Maurizio Ricci, publicada no jornal La Repubblica, 22-12-2009.
A tradução é de Moisés Sbardelotto.É um corte a ser visto com temor, um remédio necessário mas muito amargo? Os passos a serem dados nós os conhecemos: diminuir o consumo de combustíveis fósseis, como o petróleo, o carbono, o gás, expandir maciçamente as centrais de energia limpa (sol, vento, energia nuclear).Trata-se de investimentos enormes. Além disso, todas as indústrias que emitem CO2 deverão pagar pelos direitos às emissões e descarregarão os custos maiores sobre os preços. Uma avalanche que arrasará o nosso estilo de vida, obrigando-nos a renúncias e penitências? A resposta é não. Reduzir as emissões pela metade não significa que seremos obrigados a andar por aí de sandálias e lã crua. Pelo contrário, os efeitos sobre a vida cotidiana são extraordinariamente limitados.
Os modelos econométricos têm um valor de predição necessariamente limitado, ainda mais quando se trata de prever o comportamento dos preços daqui a 40 anos. Se dermos fé aos exercícios mais recentes dos economistas, porém, menos emissões não significam desastres à vista.Segundo um estudo realizado no último verão [europeu] pela Northwestern University, cortar as emissões em 50% comportaria, nos EUA, um aumento geral dos preços ao consumo não superior, em média, a 5%. É verdade, porém, que, para chegar a um corte global de 50% das emissões, os países industrializados teriam que reduzir as suas emissões (como Obama já anunciou querer fazer) em 80%. Mas esse corte também não teria efeitos dramáticos, segundo o Pew Center on Global Climate Change: "Cortar as emissões em 80% no arco de quatro décadas também teria, na grande parte dos casos, um efeito muito limitado sobre os consumidores".
O mesmo vale para a Europa. A revista New Scientist pediu à Cambridge Econometrics – uma sociedade de consultoria que regularmente fornece modelos econométricos sobre as mudanças climáticas para o governo britânico – uma previsão do impacto sobre os preços para os consumidores ingleses de um corte das emissões até 2050 de 80% com relação a 1990. Os pesquisadores chegaram à resposta, tendo como referência a experiência histórica. Isto é, quanto as mudanças do custo da energia influenciaram os preços de 40 produtos diversos de consumo no passado.
O resultado? O impacto sobre os preços de grande parte dos produtos de consumo é modesto: 1-2%.O preço dos alimentos aumentaria, em média, 1%, assim como o das roupas e dos automóveis. Uma garrafa de cerveja custaria 2% a mais, um laptop de mil euros passaria a custar 1.020 euros. Uma lava-roupas ou uma geladeira também custariam só 2% a mais. Isso ocorre porque a energia necessária para produzir esses bens representa exatamente 1-2% do preço final. Os bens e produtos em que a energia mais pesa sofreriam um impulso mais forte, mas são relativamente poucos. A conta de luz, por exemplo, encareceria 15%. E ainda mais as viagens aéreas, nas quais a energia representa mais de 7% do preço final. Dado que as companhias aéreas, neste momento, não têm uma alternativa de baixo conteúdo de gás carbônico como combustível, pagar os direitos às emissões seria um custo pesado. A Cambridge Econometrics prevê um aumento de 140% do preço das passagens aéreas.Com efeito, os cálculos do modelo pressupõem duas hipóteses. A primeira é que o governo forneça incentivos aos cidadãos, para que, em vez do gás, usem a eletricidade para a cozinha e, principalmente, para o aquecimento. A segunda é que o próprio governo invista maciçamente nas infraestruturas necessárias para os carros elétricos.
Para daqui a 40 anos, não são, porém, hipóteses remotas. E, portanto, diz outro estudo realizado por uma gigante mundial da consultoria como a McKinsey, têm um preço relativo: "Quatro quintos das reduções nas emissões – defendem os analistas da McKinsey – podem ser realizados explorando tecnologias que já existem hoje em escala comercial". Bastaria, dizem, um preço dos direitos às emissões de 50 dólares por tonelada de CO2. "E 40% das reduções – acrescentam – de fato permitem que se economize dinheiro".
Mas e as previsões catastróficas como as de uma autoridade de Yale, William Nordhaus, segundo o qual estabilizar o clima e as temperaturas custaria, só para os EUA, 20 trilhões de dólares? É preciso entender. Stephen Schneider, da Stanford, refez os cálculos de Nordhaus. Os 20 trilhões de dólares, de fato, não são o custo imediato, mas para 2100. Se assumirmos que, daqui até então, a economia norte-americana crescerá em média 2% ao ano, um ritmo muito ordinário para o gigante EUA, o preço a ser pago para salvar o planeta não parece muita coisa: "Só quer dizer – segundo Schneider – que os norte-americanos terão que esperar até 2101 para serem ricos tanto quanto teriam sido em 2100, sem tocar nas emissões".
FRACASSO DA CÚPULA, DESRESPEITO COM O MUNDO !
Caso um mundo não chegue a um acordo para reduzir suas emissões, os cenários para o aquecimento global preveem uma mudança drástica na face da Terra. De uma elevação da temperatura média do planeta em dois graus Celsius — o limite que os cientistas anseiam e o teto das negociações em Copenhague —, até o pesadelo de uma elevação de cinco graus Celsius, eis os cenários previstos:
DOIS GRAUS CELSIUS: As ondas de calor que atingiram a Europa em 2003, deixando milhares de mortos, voltarão a acontecer, todos os anos. O sudeste da Inglaterra vai se acostumar com temperaturas de 40 graus Celsius no verão. Partes da Floresta Amazônica começam a se transformar num deserto, enquanto o aumento de CO2 na atmosfera vai promover a acidificação dos oceanos, tornando improvável a sobrevivência de recifes de corais e milhares de formas de vida marinha.
Mais de 60 milhões de pessoas, a maioria na África, sofrerão com aumento de casos de malária.
A cobertura de gelo no lado ocidental da Antártica e na Groelândia vai derreter. Geleiras vão se retrair em todo o mundo, reduzindo também o suprimento de água potável para as grandes cidades. Regiões costeiras serão alagadas, afetando mais de 10 milhões de pessoas. A extinção atingirá um terço das espécies do planeta à medida em que a elevação transforma rapidamente seus habitats.
TRÊS GRAUS CELSIUS: Um cenário cada vez mais provável.
Com tal elevação, o aquecimento global se torna incontrolável, fazendo com que esforços para mitigação passem a ser inviáveis.
Milhões de quilômetros da Floresta Amazônica serão queimados, liberando carbono das árvores e do solo, incrementando o aquecimento, talvez até em 1,5 grau Celsius. Desertos vão avançar no sul da África, na Austrália e no oeste dos EUA. Bilhões de pessoas serão forçadas a abandonar suas terras, em busca de água e alimento. Na África e no Mediterrâneo, a oferta de água vai diminuir entre 30% e 50%. No Reino Unido, secas no verão serão seguidas por enchentes no inverno. A elevação do nível do mar vai causar o desaparecimento de países-ilha, e também de lugares como Nova York, Flórida e Londres.
A reportagem é do jornal O Globo, 19-12-2009.
QUATRO GRAUS CELSIUS: Cenário possível, com um acordo fraco. Nesse estágio, o permafrost (solo congelado) do Ártico se torna grande ameaça. Metano e carbono aprisionados no solo serão liberados na atmosfera. Ainda no Ártico, a cobertura de gelo desaparecerá, causando a extinção do urso polar e outras espécies nativas. Na Antártica, o degelo vai se acelerar, incrementando a elevação do nível do mar, fazendo com que diversas ilhas fiquem submersas.
Itália, Espanha, Grécia e Turquia podem virar desertos. A região central da Europa passa a ter temperaturas médias de 50 graus Celsius no verão, típicas de desertos.
CINCO GRAUS CELSIUS E ALÉM: Um pesadelo altamente improvável. Com um aumento médio de cinco graus, as temperaturas na Terra vão ficar tão quentes quanto àquelas de 50 milhões de anos atrás. No Ártico, as temperaturas subirão bem mais do que a média global — acima de 20 graus Celsius —, significando que a região ficará sem gelo o ano inteiro. A maior parte das regiões tropicais, subtropicais e mesmo as regiões de latitudes média se tornarão inabitáveis por causa do calor. A elevação do nível dos mar fará com que a maioria das cidades costeiras do planeta tenha que ser abandonada. A população humana será drasticamente reduzida..
Mais de 60 milhões de pessoas, a maioria na África, sofrerão com aumento de casos de malária.
A cobertura de gelo no lado ocidental da Antártica e na Groelândia vai derreter. Geleiras vão se retrair em todo o mundo, reduzindo também o suprimento de água potável para as grandes cidades. Regiões costeiras serão alagadas, afetando mais de 10 milhões de pessoas. A extinção atingirá um terço das espécies do planeta à medida em que a elevação transforma rapidamente seus habitats.
TRÊS GRAUS CELSIUS: Um cenário cada vez mais provável.
Com tal elevação, o aquecimento global se torna incontrolável, fazendo com que esforços para mitigação passem a ser inviáveis.
Milhões de quilômetros da Floresta Amazônica serão queimados, liberando carbono das árvores e do solo, incrementando o aquecimento, talvez até em 1,5 grau Celsius. Desertos vão avançar no sul da África, na Austrália e no oeste dos EUA. Bilhões de pessoas serão forçadas a abandonar suas terras, em busca de água e alimento. Na África e no Mediterrâneo, a oferta de água vai diminuir entre 30% e 50%. No Reino Unido, secas no verão serão seguidas por enchentes no inverno. A elevação do nível do mar vai causar o desaparecimento de países-ilha, e também de lugares como Nova York, Flórida e Londres.
A reportagem é do jornal O Globo, 19-12-2009.
QUATRO GRAUS CELSIUS: Cenário possível, com um acordo fraco. Nesse estágio, o permafrost (solo congelado) do Ártico se torna grande ameaça. Metano e carbono aprisionados no solo serão liberados na atmosfera. Ainda no Ártico, a cobertura de gelo desaparecerá, causando a extinção do urso polar e outras espécies nativas. Na Antártica, o degelo vai se acelerar, incrementando a elevação do nível do mar, fazendo com que diversas ilhas fiquem submersas.
Itália, Espanha, Grécia e Turquia podem virar desertos. A região central da Europa passa a ter temperaturas médias de 50 graus Celsius no verão, típicas de desertos.
CINCO GRAUS CELSIUS E ALÉM: Um pesadelo altamente improvável. Com um aumento médio de cinco graus, as temperaturas na Terra vão ficar tão quentes quanto àquelas de 50 milhões de anos atrás. No Ártico, as temperaturas subirão bem mais do que a média global — acima de 20 graus Celsius —, significando que a região ficará sem gelo o ano inteiro. A maior parte das regiões tropicais, subtropicais e mesmo as regiões de latitudes média se tornarão inabitáveis por causa do calor. A elevação do nível dos mar fará com que a maioria das cidades costeiras do planeta tenha que ser abandonada. A população humana será drasticamente reduzida..
DIANTE DESTA REPORTAGEM, FICO COM SENTIMENTO DE FRACASSO....
Fracasso. Não há outra palavra à altura do resultado de Copenhague.
O maior encontro diplomático de todos os tempos se arrastava para um desfecho inglório, sem nenhum compromisso concreto de redução de emissões por parte dos países ricos nem garantia de dinheiro para os pobres.
O comentário é de Herton Escobar e publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, 19-12-2009.
A declaração do presidente americano Barack Obama, que saiu de uma reunião com China, Índia, África do Sul e Brasil dizendo ter chegado a um acordo "sem precedentes" com os países emergentes, deverá entrar para a história como um desrespeito igualmente sem precedentes aos milhares de ativistas, diplomatas, empresários e jornalistas que passaram frio, apanharam da polícia, ficaram sem comer e sem dormir durante duas semanas de desgastantes negociações na capital dinamarquesa. Sem falar nos outros milhões de pessoas que acompanharam o processo à distância, pela imprensa, à espera de um acordo minimamente efetivo no sentido de combater as mudanças climáticas.
Obama também se esqueceu de dizer que o tal acordo "sem precedentes" - e sem metas - ainda precisava ser aprovado em reunião plenária por todos os outros países signatários da Convenção do Clima das Nações Unidas (193 no total). Pegou o avião e foi embora sem perguntar para Tuvalu e outras pequenas nações insulares se elas estavam de acordo com o risco de serem inundadas pela elevação do nível do mar. Mas não esqueceu de ressaltar que os EUA "não estão legalmente vinculados a nada do que aconteceu aqui". Ou seja: além de não trazer metas, o acordo não teria força de lei. Seria só um acordo político.
Todas as decisões da Convenção precisam ser tomadas por consenso, com aval de todas as nações. E até as 3 horas da madrugada de Copenhague, a plenária final não havia começado. Os presidentes foram embora, deixando seus diplomatas à espera de algum anjo ou sábio capaz de resolver a questão. O tal acordo anunciado por Obama não passa de uma carta de intenções, com algumas promessas de financiamento, mas nenhuma obrigatoriedade de resultados.
O comentário é de Herton Escobar e publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, 19-12-2009.
A declaração do presidente americano Barack Obama, que saiu de uma reunião com China, Índia, África do Sul e Brasil dizendo ter chegado a um acordo "sem precedentes" com os países emergentes, deverá entrar para a história como um desrespeito igualmente sem precedentes aos milhares de ativistas, diplomatas, empresários e jornalistas que passaram frio, apanharam da polícia, ficaram sem comer e sem dormir durante duas semanas de desgastantes negociações na capital dinamarquesa. Sem falar nos outros milhões de pessoas que acompanharam o processo à distância, pela imprensa, à espera de um acordo minimamente efetivo no sentido de combater as mudanças climáticas.
Obama também se esqueceu de dizer que o tal acordo "sem precedentes" - e sem metas - ainda precisava ser aprovado em reunião plenária por todos os outros países signatários da Convenção do Clima das Nações Unidas (193 no total). Pegou o avião e foi embora sem perguntar para Tuvalu e outras pequenas nações insulares se elas estavam de acordo com o risco de serem inundadas pela elevação do nível do mar. Mas não esqueceu de ressaltar que os EUA "não estão legalmente vinculados a nada do que aconteceu aqui". Ou seja: além de não trazer metas, o acordo não teria força de lei. Seria só um acordo político.
Todas as decisões da Convenção precisam ser tomadas por consenso, com aval de todas as nações. E até as 3 horas da madrugada de Copenhague, a plenária final não havia começado. Os presidentes foram embora, deixando seus diplomatas à espera de algum anjo ou sábio capaz de resolver a questão. O tal acordo anunciado por Obama não passa de uma carta de intenções, com algumas promessas de financiamento, mas nenhuma obrigatoriedade de resultados.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
A DECISÃO É.... NADA... BRIGAS À PARTE... NADA DE CONCRETO... COPENHAGUE FOI UM FIASCO !
Infelizmente, não era blefe. As negociações em Copenhague chegam aos instantes finais do mesmo jeito que começaram - sem nenhum consenso sobre nenhuma das questões mais importantes que deveriam constar do novo acordo internacional de combate às mudanças climáticas.
Não há acordo à vista sobre quanto os países industrializados deverão reduzir suas emissões de gás carbônico nem sobre quanto dinheiro eles darão para ajudar os países em desenvolvimento a fazer o mesmo - conforme determina a Convenção do Clima das Nações Unidas, o tratado internacional que rege as discussões sobre esse tema desde 1992.
O comentário é de Herton Escobar, jornalista, e publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, 18-12-2009.
De fato, não há consenso nem mesmo sobre qual documento deve servir de base para as negociações. Vários rascunhos foram colocados na mesa, mas nenhum agradou o suficiente para ser levado adiante. O "problema" é que as decisões só podem ser tomadas por consenso. Todos os 192 países signatários da Convenção precisam concordar com cada vírgula do texto final que, eventualmente, selará um acordo sobre como o mundo vai lidar com o problema das mudanças climáticas daqui para frente. Se um deles bater o pé e disser que a vírgula deveria estar mais para a direita, não há acordo.
A lista de 192 países inclui desde os mais miseráveis até os mais ricos do mundo, com interesses e necessidades completamente diferentes. Portanto, é natural que as negociações sejam difíceis e se arrastem até o último minuto. Funciona como um jogo de pôquer. Todo mundo guarda sua melhor carta para o final, enquanto tenta espiar as cartas dos outros. Quando se chega à última rodada sem nem ao menos um texto-base de negociação sobre a mesa, porém, fica difícil acreditar que alguma cartada de mestre poderá salvar o jogo em que todos deveriam sair vencedores.
A situação no momento é a seguinte. O Protocolo de Kyoto (um acordo complementar à Convenção, assinado em 1997) obriga os países desenvolvidos a reduzir suas emissões em 5% até 2012. Depois dessa data, se não houver uma renovação de metas em Copenhague, o protocolo vai pelo ralo. A ciência diz agora que é preciso uma redução de 25% a 40% até 2020 para garantir que a temperatura do planeta não suba mais do que 2°C - limite considerado "seguro".
Os países em desenvolvimento exigem que o corte seja de 40%, mas as metas propostas pelos desenvolvidos até agora não chegam nem a 20%. A Convenção diz que só os países industrializados têm obrigação de reduzir suas emissões, mas estes querem que as nações emergentes (como China e Brasil) também se comprometam com metas obrigatórias.
O outro grande debate é sobre financiamento. A Convenção também diz que os países ricos têm obrigação de dar ajuda financeira e tecnológica para que os países pobres consigam crescer de maneira limpa (emitindo menos carbono) e, ao mesmo tempo, lidar com as mudanças climáticas que já estão em curso. O problema é o mesmo das metas: os valores oferecidos pelos países desenvolvidos estão muito abaixo do necessário, e eles querem que os países em desenvolvimento doem dinheiro para o bolo também.
O que acontecerá, então, se não houver acordo esta noite em Copenhague? Nada. Esse é o problema.
O comentário é de Herton Escobar, jornalista, e publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, 18-12-2009.
De fato, não há consenso nem mesmo sobre qual documento deve servir de base para as negociações. Vários rascunhos foram colocados na mesa, mas nenhum agradou o suficiente para ser levado adiante. O "problema" é que as decisões só podem ser tomadas por consenso. Todos os 192 países signatários da Convenção precisam concordar com cada vírgula do texto final que, eventualmente, selará um acordo sobre como o mundo vai lidar com o problema das mudanças climáticas daqui para frente. Se um deles bater o pé e disser que a vírgula deveria estar mais para a direita, não há acordo.
A lista de 192 países inclui desde os mais miseráveis até os mais ricos do mundo, com interesses e necessidades completamente diferentes. Portanto, é natural que as negociações sejam difíceis e se arrastem até o último minuto. Funciona como um jogo de pôquer. Todo mundo guarda sua melhor carta para o final, enquanto tenta espiar as cartas dos outros. Quando se chega à última rodada sem nem ao menos um texto-base de negociação sobre a mesa, porém, fica difícil acreditar que alguma cartada de mestre poderá salvar o jogo em que todos deveriam sair vencedores.
A situação no momento é a seguinte. O Protocolo de Kyoto (um acordo complementar à Convenção, assinado em 1997) obriga os países desenvolvidos a reduzir suas emissões em 5% até 2012. Depois dessa data, se não houver uma renovação de metas em Copenhague, o protocolo vai pelo ralo. A ciência diz agora que é preciso uma redução de 25% a 40% até 2020 para garantir que a temperatura do planeta não suba mais do que 2°C - limite considerado "seguro".
Os países em desenvolvimento exigem que o corte seja de 40%, mas as metas propostas pelos desenvolvidos até agora não chegam nem a 20%. A Convenção diz que só os países industrializados têm obrigação de reduzir suas emissões, mas estes querem que as nações emergentes (como China e Brasil) também se comprometam com metas obrigatórias.
O outro grande debate é sobre financiamento. A Convenção também diz que os países ricos têm obrigação de dar ajuda financeira e tecnológica para que os países pobres consigam crescer de maneira limpa (emitindo menos carbono) e, ao mesmo tempo, lidar com as mudanças climáticas que já estão em curso. O problema é o mesmo das metas: os valores oferecidos pelos países desenvolvidos estão muito abaixo do necessário, e eles querem que os países em desenvolvimento doem dinheiro para o bolo também.
O que acontecerá, então, se não houver acordo esta noite em Copenhague? Nada. Esse é o problema.
sábado, 12 de dezembro de 2009
ENQUANTO EM COPENHAGUE NADA DE CONCRETO ESTÁ DECIDIDO... AS IMAGENS FALAM POR SÍ!
O MUNDO GRITA...
O PLANETA ESTÁ SOFRENDO AS AMEAÇAS E AGRESSÕES DIÁRIAS FEITAS PELOS DONOS DO CAPITAL...
PELOS DONOS DO PODER....
Uma barragem de um novo tipo. No golfo da Tailândia, moradores ribeirinhos tentam se defender dos efeitos da mudança climática usando o bambu. Eles conseguem, desta maneira, deter a água que, progressivamente, vai engolindo a comunidade de Kok Karm.
Fonte: Pairoj/AFP
Fonte: Pairoj/AFP
IMAGENS QUE ASSUSTAM....
IMAGENS QUE DEIXAM A GENTE PENSANDO QUE TUDO ISSO AÍ PARECE FICHINHA, DIANTE DO QUE VIRÁ...
Depoois do dilúvio: Instalação sobre o aquecimento global em Copenhague, onde ocorre a conferência da ONU sobre o clima
Fonte: Pawel Kopczynski/Reuters
O desmoraramento das geleiras... faz aumentar o nível dos oceanos duas vezes mais rapidamente. Aqui, a queda de um enorme pedaço da geleira de San Rafael na Patagônia. Toneladas de gelo são perdidas anualmente devido ao aquecimento climático que se acelerou entre 2006 e 2009.
Fonte: Martin Bernetti/AFP
Um enorme desafio. A luta contra o desmatamento, que é tido como o responsável por um quarto do aquecimento climático. Aqui um setor desmatadao, no estado do Pará, no Brasil. 20% das emissões de CO2 são geradas aqui.
Fonte: Jefferson Ruddy/AFP
A seca... Um agriculutor sentado no meio do seu arrozal seco perto de Guwahati, na Índia. A mudança climática, e especialmente a penúria de água, tem consequências neste país, principalmente, no setor agrícola.
Fonte: Strdel/AFP
O desmoraramento das geleiras... faz aumentar o nível dos oceanos duas vezes mais rapidamente. Aqui, a queda de um enorme pedaço da geleira de San Rafael na Patagônia. Toneladas de gelo são perdidas anualmente devido ao aquecimento climático que se acelerou entre 2006 e 2009.
Fonte: Martin Bernetti/AFP
Um enorme desafio. A luta contra o desmatamento, que é tido como o responsável por um quarto do aquecimento climático. Aqui um setor desmatadao, no estado do Pará, no Brasil. 20% das emissões de CO2 são geradas aqui.
Fonte: Jefferson Ruddy/AFP
A seca... Um agriculutor sentado no meio do seu arrozal seco perto de Guwahati, na Índia. A mudança climática, e especialmente a penúria de água, tem consequências neste país, principalmente, no setor agrícola.
Fonte: Strdel/AFP
Poluição atmosférica... Os chineses suportam o ar nauseabundo e praticamente irrespirável, como aqui no centro de Pequim. A China, a primeira poluidora mundial, se engaja agora em reduzir suas emissões poluidoras por unidade de PIB de 40 a 45% daqui até o ano 2020.
Fonte: Stephen Shaver/AFP
Fonte: Stephen Shaver/AFP
As inundações: uma das urgências climáticas. O furacão tropical Ketsana que atingiu as Filipinas e devastou a capital Manila e suas redondezas há poucos meses mostra a urgência de encontrar soluções para a desregulação climática.
Fonte: Jay Directo/AFP
Fonte: Jay Directo/AFP
ESTAS IMAGENS ACIMA NOS FALAM...
NOS REMETEM A UMA REALIDADE QUE CANSAREI,
MAS NÃO DESISTIREI DE FALAR....
O QUE ESTÁ EM JOGO EM COPENHAGUE ?
ESTOU INTERESSADO EM SABER...
Eis o artigo.
Em Copenhague os 192 representantes dos povos vão se confrontar com uma irreversibilidade: a Terra já se aqueceu, em grande, por causa de nosso estilo de produzir, de consumir e de tratar a natureza. Só nos cabe adaptamo-nos às mudanças e mitigar seus efeitos perversos.
O normal seria que a humanidade se perguntasse, como um medico faz ao seu paciente: por que chegamos a esta situação? Importa considerar os sintomas e identificar a causa. Errôneo seria tratar dos sintomas deixando a causa intocada continuando a ameaçar a saúde do paciente.
É exatamente o que parece estar ocorrendo em Copenhague. Procuram-se meios para tratar os sintomas mas não se vai à causa fundamental. A mudança climática com eventos extremos é um sintoma produzido por gases de efeito estufa que tem a digital humana. As soluções sugeridas são: diminuir as porcentagens dos gases, mais altas para os paises industrializados e mais baixas para os em desenvolvimento; criar fundos financeiros para socorrer os paises pobres e transferir tecnologias para os retardatários. Tudo isso no quadro de infindáveis discussões que emperram os consensos mínimos.
Estas medidas atacam apenas os sintomas. Há que se ir mais fundo, às causas que produzem tais gases prejudiciais à saúde de todos os viventes e da própria Terra. Copenhague dar-se-ia a ocasião de se fazer com coragem um balanço de nossas práticas em relação com a natureza, com humildade reconhecer nossa responsabilidade e com sabedoria receitar o remédio adequado. Mas não é isto que está previsto. A estratégia dominante é receitar aspirina para quem tem uma grave doença cardíaca ao invés de fazer um transplante. Tem razão a Carta da Terra quando reza:”Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo...Isto requer uma mudança na mente e no coração”. É isso mesmo: não bastam remendos; precisamos recomeçar, quer dizer, encontrar uma forma diferente de habitar a Terra, de produzir e de consumir com uma mente cooperativa e um coração compassivo.
De saída, urge reconhecer: o problema em si não é a Terra, mas nossa relação para com ela. Ela viveu mais de quatro bilhões de anos sem nós e pode continuar tranquilamente sem nós. Nós não podemos viver sem a Terra, sem seus recursos e serviços. Temos que mudar. A alternativa à mudança é aceitar o risco de nossa própria destruição e de uma terrível devastação da biodiversidade.
Qual é a causa?
ESTOU IMPACIENTE COM OS RESULTADOS...
ESPERO QUE DÊ CERTO..
O QUE ESTÁ SENDO DISCUTIDO EM COPENHAGUE, PRECISA SER DITO,
PELAS RUAS, AVENIDAS,
PELO MUNDO AFORA,
AFINAL, ALÍ SE DISCUTE O FUTURO DE NOSSO PLANETA...
VAMOS DAR INÍCIO ÀS SOLUÇÕES?
VAMOS PARTIR NESTA CORRIDA RUMO AO MUNDO NOVO?
LEI A ENTREVISTA E VEJA VOCE MESMO...
"Que se poderia esperar de Copenhague? Apenas essa singela confissão: assim como estamos não podemos continuar. E um simples propósito: Vamos mudar de rumo", escreve Leonardo Boff, teólogo.
"Que se poderia esperar de Copenhague? Apenas essa singela confissão: assim como estamos não podemos continuar. E um simples propósito: Vamos mudar de rumo", escreve Leonardo Boff, teólogo.
Eis o artigo.
Em Copenhague os 192 representantes dos povos vão se confrontar com uma irreversibilidade: a Terra já se aqueceu, em grande, por causa de nosso estilo de produzir, de consumir e de tratar a natureza. Só nos cabe adaptamo-nos às mudanças e mitigar seus efeitos perversos.
O normal seria que a humanidade se perguntasse, como um medico faz ao seu paciente: por que chegamos a esta situação? Importa considerar os sintomas e identificar a causa. Errôneo seria tratar dos sintomas deixando a causa intocada continuando a ameaçar a saúde do paciente.
É exatamente o que parece estar ocorrendo em Copenhague. Procuram-se meios para tratar os sintomas mas não se vai à causa fundamental. A mudança climática com eventos extremos é um sintoma produzido por gases de efeito estufa que tem a digital humana. As soluções sugeridas são: diminuir as porcentagens dos gases, mais altas para os paises industrializados e mais baixas para os em desenvolvimento; criar fundos financeiros para socorrer os paises pobres e transferir tecnologias para os retardatários. Tudo isso no quadro de infindáveis discussões que emperram os consensos mínimos.
Estas medidas atacam apenas os sintomas. Há que se ir mais fundo, às causas que produzem tais gases prejudiciais à saúde de todos os viventes e da própria Terra. Copenhague dar-se-ia a ocasião de se fazer com coragem um balanço de nossas práticas em relação com a natureza, com humildade reconhecer nossa responsabilidade e com sabedoria receitar o remédio adequado. Mas não é isto que está previsto. A estratégia dominante é receitar aspirina para quem tem uma grave doença cardíaca ao invés de fazer um transplante. Tem razão a Carta da Terra quando reza:”Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo...Isto requer uma mudança na mente e no coração”. É isso mesmo: não bastam remendos; precisamos recomeçar, quer dizer, encontrar uma forma diferente de habitar a Terra, de produzir e de consumir com uma mente cooperativa e um coração compassivo.
De saída, urge reconhecer: o problema em si não é a Terra, mas nossa relação para com ela. Ela viveu mais de quatro bilhões de anos sem nós e pode continuar tranquilamente sem nós. Nós não podemos viver sem a Terra, sem seus recursos e serviços. Temos que mudar. A alternativa à mudança é aceitar o risco de nossa própria destruição e de uma terrível devastação da biodiversidade.
Qual é a causa?
É o sonho de buscar a felicidade que se alcança pela acumulação de riqueza material e pelo progresso sem fim, usando para isso a ciência e a técnica com as quais se pode explorar de forma ilimitada todos os recursos da Terra. Essa felicidade é buscada individualmente, entrando em competição uns com os outros, favorecendo assim o egoísmo, a ambição e a falta de solidariedade.
Nesta competição os fracos são vitimas daquilo que Darwin chama de seleção natural. Só os que melhor se adaptam, merecem sobreviver, os demais são, naturalmente, selecionados e condenados a desaparecer.
Durante séculos predominou este sonho ilusório, fazendo poucos ricos de um lado e muitos pobres do outro à custa de uma espantosa devastação da natureza.
Raramente se colocou a questão: pode uma Terra finita suportar um projeto infinito? A resposta nos vem sendo dada pela própria Terra. Ela não consegue, sozinha, repor o que se extraiu dela; perdeu seu equilíbrio interno por causa do caos que criamos em sua base físico-química e pela poluição atmosférica que a fez mudar de estado. A continuar por esse caminho comprometeremos nosso futuro.
Que se poderia esperar de Copenhague?
Nesta competição os fracos são vitimas daquilo que Darwin chama de seleção natural. Só os que melhor se adaptam, merecem sobreviver, os demais são, naturalmente, selecionados e condenados a desaparecer.
Durante séculos predominou este sonho ilusório, fazendo poucos ricos de um lado e muitos pobres do outro à custa de uma espantosa devastação da natureza.
Raramente se colocou a questão: pode uma Terra finita suportar um projeto infinito? A resposta nos vem sendo dada pela própria Terra. Ela não consegue, sozinha, repor o que se extraiu dela; perdeu seu equilíbrio interno por causa do caos que criamos em sua base físico-química e pela poluição atmosférica que a fez mudar de estado. A continuar por esse caminho comprometeremos nosso futuro.
Que se poderia esperar de Copenhague?
Apenas essa singela confissão: assim como estamos não podemos continuar. E um simples propósito: Vamos mudar de rumo. Ao invés da competição, a cooperação. Ao invés de progresso sem fim, a harmonia com os ritmos da Terra.
No lugar do individualismo, a solidariedade generacional.
Utopia? Sim, mas uma utopia necessária para garantir um porvir.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
AS IMAGENS NÃO NEGAM: O AQUECIMENTO GLOBAL É UMA REALIDADE...TRISTE.
TODOS OS DIAS ASSISTIMOS NOTICIÁRIOS MOSTRANDO AS IMAGENS DO AQUECIMENTO GLOBAL: ESTA ABAIXO, É APENAS UMA ILUSTRAÇÃO DESTE FATO.
As mudanças climáticas no topo do mundo põe em risco o fornecimento de água da Ásia. As geleiras do Himalaia estão em perigo, já que o seu derretimento (dentro do normal) alimenta o sistema hídrico mais poderoso do mundo: os rios Ganges, Indus, Brahmaputra, Mekong, Amarelo e Yangtze, um sistema que fornece sustento material e espiritual para mais de três bilhões de pessoas.
domingo, 6 de dezembro de 2009
TODOS CONTRA O AQUECIMENTO....
EU QUERO FAZER ALGO PARA MUDAR O MUNDO...
EU QUERO FAZER ALGO PELO MEIO AMBIENTE...
EU QUERO UTILIZAR MINHAS ARMAS PARA MUDAR O ESPAÇO ONDE ESTOU...
QUERO PAZER O QUE ESTÁ AO MEU ALCANCE,...
ÀS MINHAS MÃOS....
ZERO...
ZERO...
ZERAR TUDO...
TODOS COMEÇANDO DO ZERO...
UNIR FORÇAS...
UNIR INTERESSES COMUNS...
COMEÇANDO EM NOSSO QUARTO..
NOSSA CASA...
NOSSA RUA...
NOSSO BAIRRO...
NOSSA CIDADE...
NOSSO ESTADO...
NOSSO PAÍS...
NOSSO CONTINENTE...
NOSSO PLANETA...
"PENSE GLOBALMENTE, AJA LOCALMENTE....
ACREDITO QUE SÓ UMA É A SOLUÇÃO PARA TODOS OS PROBLEMAS DO AQUECIMENTO GLOBAL:
MUDANÇA DE POSTURA: É PRECISO REPENSAR A MANEIRA DE TRATAR A VIDA NO PLANETA TERRA...É PRECISO UNIR TODAS AS FORÇAS NECESSÁRIAS PARA QUE NOSSAS AÇÕES MUDEM...
EU QUERO FAZER ALGO...
EU ESTOU FAZENDO ALGO....
FAÇA A SUA PARTE...
(Prof. Mario Fernando de Mori, professor e estudioso)
NESTE BLOG ESTÁ REGISTRADO MUITAS OPINIÕES SOBRE MUITOS TEMAS, SEMPRE DE FORMA DEMOCRÁTICA:
DIANTE DISSO, ESTOU REUNINDO ALGUMAS OPINIÕES DE GENTE FAMOSA, PERSEGUIDA OU ATIVISTA SOBRE O TEMA
AQUECIMENTO GLOBAL
A primeira década do século 21 foi marcada por discussões sobre as mudanças climáticas e suas consequências. Enquanto ambientalistas pedem mais e mais atenção para o tema, artistas, políticos, jornalistas e até terroristas não perdem chance para dar sua contribuição ao debate.
Veja, abaixo, algumas das principais frases proferidas por políticos, cientistas, intelectuais e celebridades sobre o aquecimento global.
Veja, abaixo, algumas das principais frases proferidas por políticos, cientistas, intelectuais e celebridades sobre o aquecimento global.
"O aquecimento global vai matar a maioria, e transformar o restante em canibais"
(Ted Turner, bilionário fundador da rede CNN, em entrevista concedida no dia 3 de abril de 2008)
(Ted Turner, bilionário fundador da rede CNN, em entrevista concedida no dia 3 de abril de 2008)
"O que eu alertaria a vocês fazerem [em relação ao aquecimento global] é dedicar bastante empenho na tentativa de ver se há uma alternativa legal de colocar os nossos chamados líderes na cadeia, porque o que eles estão fazendo é crime"
(David Suzuki, cientista, apresentador de TV e ativista ambiental, em palestra a alunos da Universidade de Toronto, no Canadá, 7 de fevereiro de 2008)
(David Suzuki, cientista, apresentador de TV e ativista ambiental, em palestra a alunos da Universidade de Toronto, no Canadá, 7 de fevereiro de 2008)
"Na realidade, a vida de toda a humanidade está em perigo, porque o aquecimento global é resultante de uma larga escala das emissões de fábricas de grandes corporações; até agora, apesar disso, a mais representativa dessas corporações na Casa Branca insiste em não ser observadora do protocolo de Kyoto, com o conhecimento de que as estatísticas falam da morte e do desalojamento de milhões de seres humanos em decorrência do aquecimento global, especialmente na África"
(Osama Bin Laden, terrorista muçulmano, em vídeo divulgado no dia 7 de setembro de 2007)
(Osama Bin Laden, terrorista muçulmano, em vídeo divulgado no dia 7 de setembro de 2007)
"Precisamos reconhecer que crescimento econômico e proteção ambiental andam de mãos dadas." (George W. Bush, ex-presidente dos EUA cuja campanha foi financiada por petrolíferas, ao apresentar "alternativa flexível" ao Protocolo de Kyoto, em 14 de fevereiro de 2002)
"Nós simplesmente temos a obrigação de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para frear o aquecimento global antes que seja tarde. A ciência é clara. O debate sobre aquecimento global está encerrado." (Arnold Schwarzenegger, governador da Califórnia, ao sancionar lei que determina redução de 25% dos gases até 2020, tendo como base o ano de 1990. 27 de setembro de 2006)
"O aquecimento global é certamente uma fraude, perpetrada por cientistas com interesses compactuados, mas na crença de quebrar os cursos da geologia, lógica e filosofia da ciência."
(Martin Keeley, geologista e professor visitante da University College London, em artigo escrito para a rede BBC, 6 de dezembro de 2004)
(Martin Keeley, geologista e professor visitante da University College London, em artigo escrito para a rede BBC, 6 de dezembro de 2004)
"Com toda a histeria, todo o medo, toda a ciência trapaceira, poderia ser o aquecimento global o maior embuste jamais perpetrado nos cidadãos americanos? Seguramente, parece isso." (Senador republicano James M. Inhofe, em discurso no Senado americano, 28 de julho de 2003)
"Você sabe, maioria das pesquisas meteorológicas é financiada pelo Governo Federal. E garoto, se você quer ter financiamento federal, é melhor você não ser conhecido por dizer que o aquecimento global é uma falácia porque você se impõe a chance de não ter a verba."
(William Gray, meteorologista especialista e pioneiro em pesquisa sobre furacões, em entrevista sobre a relação dos fenômenos naturais com aquecimento global, em 12 de setembro de 2005)
(William Gray, meteorologista especialista e pioneiro em pesquisa sobre furacões, em entrevista sobre a relação dos fenômenos naturais com aquecimento global, em 12 de setembro de 2005)
"Aquecimento global --no mínimo, a visão moderna de pesadelo-- é um mito. Tenho certeza disso e um número crescente de cientistas também pensa desta maneira. Mas o que é realmente preocupa é que os políticos mundiais e legisladores não estão [aumentando]."
(David Ballamy, botânico inglês conservador, em artigo para o jornal inglês "Daily Mail", 9 de julho de 2004)
(David Ballamy, botânico inglês conservador, em artigo para o jornal inglês "Daily Mail", 9 de julho de 2004)
"A possibilidade de uma catástrofe pela mudança climática é substancialmente reforçada pelos 40 milhões de barris de óleo queimados diariamente por veículos. Temos a obrigação de, juntos, mostrar a esta administração que a maioria das pessoas está disposta a votar por um ambiente mais limpo, e que não vai voltar atrás."
(Ator Leonardo DiCaprio, em discurso no jantar Global Green Awards Dinner, 9 de maio de 2003)
(Ator Leonardo DiCaprio, em discurso no jantar Global Green Awards Dinner, 9 de maio de 2003)
"Não vi o filme de Al Gore"
(Dick Cheney, 46º vice-presidente dos Estados Unidos (2001-2009, gestão Bush), em entrevista à rede ABC News)
(Dick Cheney, 46º vice-presidente dos Estados Unidos (2001-2009, gestão Bush), em entrevista à rede ABC News)
"Não me surpreende"
(Jonathan Karl, jornalista que entrevistou Cheney, em réplica. 23 de fevereiro de 2007)
(Jonathan Karl, jornalista que entrevistou Cheney, em réplica. 23 de fevereiro de 2007)
"A história da humanidade e seu relacionamento com a Terra pode ser visto como a continuidade de uma aventura ou uma tragédia acobertada pelo mistério. A escolha é nossa."
(Al Gore no livro "A Terra em Balanço: Ecologia e o Espírito Humano")
(Al Gore no livro "A Terra em Balanço: Ecologia e o Espírito Humano")
"Hoje estamos vendo que a mudança climática é mais do que alguns invernos suaves ou verões quentes e atípicos. Trata-se da cadeia de catástrofes naturais e os padrões climáticos devastadores que o aquecimento global está começando a detonar em todo o mundo. A frequência e a intensidade que estão quebrando recordes de milhares de anos."
(Presidente Barack Obama, então senador dos EUA, em discurso proferido no dia 3 de abril de 2006)
(Presidente Barack Obama, então senador dos EUA, em discurso proferido no dia 3 de abril de 2006)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chama a atenção para o otimismo na cúpula
"Não há lugar para pessimismo. Nós achamos que quando os dirigentes se reunirem em torno de uma mesa o que pode parecer impossível de se concretizar, pode se concretizar."
(Presidente Luís Inácio Lula da Silva, em declaração dada a respeito de Copenhague. 16 de novembro de 2009)
"Não há lugar para pessimismo. Nós achamos que quando os dirigentes se reunirem em torno de uma mesa o que pode parecer impossível de se concretizar, pode se concretizar."
(Presidente Luís Inácio Lula da Silva, em declaração dada a respeito de Copenhague. 16 de novembro de 2009)
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
PROTESTE VOCÊ TAMBÉM: O PLANETA AGRADECE...
ESTAMOS MUITO PRÓXIMOS DA REUNIÃO EM COPENHAGUE - DINAMARCA, ONDE OS LÍDERES MUNDIAIS, DECIDIRÃO O FUTURO DO CLIMA NO PLANETA.
E VOCE, O QUE TEM LIDO SOBRE O TEMA?
O QUE TEM FEITO...
ALÉM DE FALAR EM SALA DE AULA, VOU EXPOR AQUÍ UM PROTESTO MUITO CRIATIVO FEITO POR ONG'S AMBIENTAIS,
Faça sua parte, se não sua imagem poderá ganhar os contornos e belezas destas abaixo:
As ONGs ambientais Greenpeace e a "TckTckTck" encontraram uma maneira original de protestar contra a falta de medidas dos governos no combate ao aquecimento global. Desde o começo dessa semana, cartazes com imagens dos principais líderes mundiais envelhecidos aparecem pedindo desculpas por não terem tomado atitudes mais firmes na luta pelo meio ambiente. O brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, é um dos presidentes reproduzidos na campanha, todos com aparência de como estariam em 2020. Nos cartazes, ele dizem "Me desculpe. Nós poderíamos ter parado essa catastrófica mudança climática... mas não o fizemos". Além de Lula, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o chefe de estado espanhol, José Luis Zapatero, além da Primeira Ministra Merkel, da Alemanha, também são retratados mais velhos pela campanha.
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