Esta é para voce perceber o que anda acontecendo no mundo e no Brasil, a respeito da Crise Econômica Mundial.
O velho e conhecido escambo ganhou forma comercial no Brasil há pouco tempo, mas vem recebendo fôlego extra com a crise financeira mundial. Empresas de diferentes setores e tamanhos procuram o mercado de trocas para aliviar sua capacidade ociosa e preservar caixa - palavras de ordem em tempos de escassez de capital. Segundo grupos que atuam nesse mercado, as transações por permutas devem crescer 30% este ano.
A reportagem é de Marianna Aragão e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 24-02-2009.
O velho e conhecido escambo ganhou forma comercial no Brasil há pouco tempo, mas vem recebendo fôlego extra com a crise financeira mundial. Empresas de diferentes setores e tamanhos procuram o mercado de trocas para aliviar sua capacidade ociosa e preservar caixa - palavras de ordem em tempos de escassez de capital. Segundo grupos que atuam nesse mercado, as transações por permutas devem crescer 30% este ano.
A reportagem é de Marianna Aragão e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 24-02-2009.
Criada há seis anos, a empresa especializada em trocas multilaterais Permute percebeu aumento na demanda de companhias a partir de novembro. Só em janeiro, 35 empresas aderiram à rede de negociações formada por 600 membros. Clientes antigos também intensificaram o ritmo de transações, que devem crescer 30% este ano, para R$ 11,7 milhões. "A preocupação dos empresários com o fluxo de caixa aumentou", diz a diretora Nádia Nunes.
Na Tradaq, filial da americana BarterTrust que chegou há oito anos ao País, o número de novos clientes dobrou nos últimos três meses ante o mesmo período do ano anterior. Para o diretor-comercial, Marco Del Giudice, o movimento ocorre porque as empresas querem - ou precisam - substituir despesas em dinheiro. "Muitas veem na troca a chance para desovar estoques ou diminuir capacidade ociosa." Com uma rede de cerca de 800 empresas, a Tradaq estima que movimentará R$ 30 milhões este ano, 30% a mais que em 2008.
No sistema de permutas, um hotel que tem baixo índice de ocupação pode "vender" diárias, exemplifica Del Giudice. Em troca, recebe créditos em uma moeda alternativa, com os quais pode comprar qualquer produto ou serviço disponibilizado por outras empresas da rede. "Quanto maior o número de companhias na rede, maior a liquidez." As intermediadoras ficam com uma comissão, que varia de 4% a 10% do valor do negócio. Algumas também cobram taxa anual da associada.
A rede de lojas de pisos e revestimentos Recesa, usuária do sistema há quase um ano, dobrou o número de trocas nos últimos meses. Segundo o diretor-comercial, Fábio Nishi, a medida foi uma maneira de se desfazer do estoque, que aumentou com a crise. "Consegui vender linhas de produtos que já dávamos como perdidas." Segundo ele, a quantidade de empresas dispostas a trocar mercadorias também cresceu, ampliando o leque de possíveis negócios.
A fabricante de bebidas GlobalBev, dona das marcas Flying Horse e Marathon, faz parte da rede de três empresas especializadas em permutas. "Antes, fazíamos permuta direta com nossos parceiros, mas os clubes ampliaram os negócios", diz a gerente Luciana Bruzzi. Há quatro anos neste mercado, a companhia movimentou R$ 1 milhão em trocas em 2008, valor que deve dobrar este ano.
Segundo Luciana, o sistema permite aumentar a margem de lucro nos produtos. Como a venda é feita a preço de mercado, a empresa absorve o ganho de uma das cadeias da indústria. "Pulamos um intermediário", explica Luciana. Além disso, as trocas acabam dando publicidade à companhia. "Nossos produtos aparecem em festas e eventos corporativos", observa.
Segundo a International Reciprocal Trade Association (IRTA), entidade sem fins lucrativos que promove a permuta no mundo, só nos Estados Unidos as trocas comerciais movimentam US$ 10 bilhões ao ano. Não há dados precisos sobre o setor no Brasil, onde atuam três grandes gerenciadoras de troca.
Uma delas, a Prorede, projeta crescimento de 50% para este ano. Em 2008, a empresa teve expansão de 25%. "Não atribuímos o crescimento maior à crise, mas ao fato de nosso negócio ser resistente a ela", diz o diretor Márcio Lerner.
Segundo ele, dezembro e janeiro foram os melhores meses da história da companhia, fundada em 2004. "Os empresários estão mais acessíveis e interessados em testar novas alternativas de negócio", comenta.
Na Tradaq, filial da americana BarterTrust que chegou há oito anos ao País, o número de novos clientes dobrou nos últimos três meses ante o mesmo período do ano anterior. Para o diretor-comercial, Marco Del Giudice, o movimento ocorre porque as empresas querem - ou precisam - substituir despesas em dinheiro. "Muitas veem na troca a chance para desovar estoques ou diminuir capacidade ociosa." Com uma rede de cerca de 800 empresas, a Tradaq estima que movimentará R$ 30 milhões este ano, 30% a mais que em 2008.
No sistema de permutas, um hotel que tem baixo índice de ocupação pode "vender" diárias, exemplifica Del Giudice. Em troca, recebe créditos em uma moeda alternativa, com os quais pode comprar qualquer produto ou serviço disponibilizado por outras empresas da rede. "Quanto maior o número de companhias na rede, maior a liquidez." As intermediadoras ficam com uma comissão, que varia de 4% a 10% do valor do negócio. Algumas também cobram taxa anual da associada.
A rede de lojas de pisos e revestimentos Recesa, usuária do sistema há quase um ano, dobrou o número de trocas nos últimos meses. Segundo o diretor-comercial, Fábio Nishi, a medida foi uma maneira de se desfazer do estoque, que aumentou com a crise. "Consegui vender linhas de produtos que já dávamos como perdidas." Segundo ele, a quantidade de empresas dispostas a trocar mercadorias também cresceu, ampliando o leque de possíveis negócios.
A fabricante de bebidas GlobalBev, dona das marcas Flying Horse e Marathon, faz parte da rede de três empresas especializadas em permutas. "Antes, fazíamos permuta direta com nossos parceiros, mas os clubes ampliaram os negócios", diz a gerente Luciana Bruzzi. Há quatro anos neste mercado, a companhia movimentou R$ 1 milhão em trocas em 2008, valor que deve dobrar este ano.
Segundo Luciana, o sistema permite aumentar a margem de lucro nos produtos. Como a venda é feita a preço de mercado, a empresa absorve o ganho de uma das cadeias da indústria. "Pulamos um intermediário", explica Luciana. Além disso, as trocas acabam dando publicidade à companhia. "Nossos produtos aparecem em festas e eventos corporativos", observa.
Segundo a International Reciprocal Trade Association (IRTA), entidade sem fins lucrativos que promove a permuta no mundo, só nos Estados Unidos as trocas comerciais movimentam US$ 10 bilhões ao ano. Não há dados precisos sobre o setor no Brasil, onde atuam três grandes gerenciadoras de troca.
Uma delas, a Prorede, projeta crescimento de 50% para este ano. Em 2008, a empresa teve expansão de 25%. "Não atribuímos o crescimento maior à crise, mas ao fato de nosso negócio ser resistente a ela", diz o diretor Márcio Lerner.
Segundo ele, dezembro e janeiro foram os melhores meses da história da companhia, fundada em 2004. "Os empresários estão mais acessíveis e interessados em testar novas alternativas de negócio", comenta.
Um comentário:
Com o aumento do escampo, novas visões vão sendo descobertas, e talvez com essas empresas, o Brasil pode tentar se levantar da rasteira que todo mundo levou; chamada crise economica.Essas empresas podem ajudar o nosso país no momento de sufoco, não demitindo os trabalhadores e até podendo contratar outras pessoas. Quem sabe com esse aumento de venda, ela pode espandir no mercado de trabalho.
Fábio Olioza Filho 2 MB
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