quinta-feira, 17 de julho de 2008

A MÍDIA E OS CASOS ESCANDALOSOS ATUAIS ! MUITO SE FALA, POUCO SE REPRODUZ !

A Revista Carta Capital publicou várias reportagens a respeito do caso daniel Dantas, e quase ninguém conseguiu ler, pois ela não tem o mesmo tipo de presença demídia da Revista Veja.
A Revista Istoé, e Veja, andaram publicando muitas reportagens, ou notícias a respeito do escândalo envolvendo o nome de daniel Dantas, como se tudo que "ele" sabe, pudesse modificar o rumo da hiostória atual e passada!
O que andamos lendo nas revistas semanais a respeito dos ESCÂNDALOS de corrupção que assola o País ?

Veja se você já leu estas capas ou revistas, ou notícias publicadas pelas maiores nomes semanais da atualidade no Brasil ?

Hoje resolvi transcrever uma reportagem publicada em um blog, que me agradou muito, pois a gente sempre esquece das situações passadas, e agimos como se tudo fosse fato atual, sem imaginar que a história tem uma explicação.

A prisão do banqueiro mafioso Daniel Dantas, que ficou bilionário durante as privatizações fraudulentas do governo FHC, acabou tornando-se um verdadeiro divisor de águas para quem acompanha de perto os movimentos da imprensa brasileira. Depois de passar anos ignorando sumariamente ou tratando Dantas como um "gênio das finanças", a imprensa corporativa (que visa o lucro acima de tudo e de todos) finalmente deu destaque às falcatruas dele. E isso só porque ele foi preso pela Polícia Federal, junto com o especulador Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta. Ou seja, não tinha como ignorarem de novo. Deve ter sido uma enorme surpresa para quem só consome esse tipo de mídia para ficar "informado"...
Já para quem está acostumado a procurar informação em outro tipo de imprensa, aquela não comprometida com a defesa incondicional do "deus-dinheiro", Daniel Dantas é figurinha carimbada desde 1998, quando saiu a primeira capa sobre ele na Carta Capital.
E a revista comandada pelo jornalista Mino Carta nunca se furtou em mostrar as ligações do banqueiro mafioso tanto com tucanos, quanto com petistas - ao contrário do resto do PiG (Partido da Imprensa Golpista) que tenta vender Dantas apenas como o mentor do tal de "mensalão", fingindo que ele não tem nada a ver com os escândalos da era FHC.
A revista Fórum também já trouxe reportagens sobre Daniel Dantas em setembro ("O verdadeiro escândalo" ), novembro de 2005 ("Veja e decida: foi Opportunity?") e abril de 2008 ("A BrOi e Daniel Dantas me demitiram"). Isso sem falar no trabalho corajoso de jornalistas como Paulo Henrique Amorim, Bob Ferndandes e Luis Nassif, que também denunciam as tramóias do "orelhudo" há tempo. No site da Carta Capital, um editorial prá lá de irônico acaba de ser publicado, tratando exatamente deste assunto. Seria cômico se não fosse trágico. Confiram:Viva o 'jornalismo investigativo' - O resto da imprensa 'descobre' agora o que CartaCapital contou há mais de dois anos. Trágico ou patético?
O jornalismo “investigativo” brasileiro manifesta-se, em todo seu esplendor, nestes dias posteriores à Operação Satiagraha. Os bravos repórteres dedicam-se à estafante tarefa de recortar e colar partes do relatório parcial da Polícia Federal – ou reproduzir informações assopradas de afogadilho por alguma fonte com acesso privilegiado às investigações. Análise, interpretação dos trechos truncados? Seria demais esperar isso, como seria demais que se dessem ao simples trabalho de checar se determinados “furos” já não são de conhecimento até do mundo mineral. (Clique na imagem ao lado para ver a reprodução das capas citadas)Algumas das tantas “reportagens” que brotam na extensa cobertura da chamada “grande imprensa” foram relatadas em várias edições de CartaCapital em passado não tão longíquo. Era o auge do escândalo do “mensalão” e o dito jornalismo investigativo andava mais preocupado com o dinheiro na cueca de um assessor parlamentar no Ceará e os supostos dólares de Cuba. Para facilitar o trabalho deste time de investigadores da imprensa, agora heróis da liberdade e da apuração exaustiva, a revista lista a seguir as edições onde eles podem achar mais informações para enriquecer seu trabalho. Bom proveito.
VIVA O "JORNALISMO INVESTIGATIVO"

Para facilitar o trabalho deste time de investigadores da imprensa, agora heróis da liberdade e da apuração exaustiva, a revista lista a seguir as edições onde eles podem achar mais informações para enriquecer seu trabalho. Bom proveito.
O jornalismo investigativo brasileiro manifesta-se, em todo seu esplendor, nestes dias posteriores à Operação Satiagraha. Os bravos repórteres dedicam-se à estafante tarefa de recortar e colar partes do relatório parcial da Polícia Federal ou reproduzir informações assopradas de afogdilho por alguma fonte com acesso privilegiado às investigações. Análise, interpretação dos trechos truncados? Seria demais esperar isso, como seria demais que se dessem ao simples trabalho de checar se determinados furos já não são de conhecimento até do mundo mineral. (Clique na imagem ao lado para ver a reprodução das capas citadas).Algumas das tantas reportagens que brotam na extensa cobertura da chamada grande imprensa foram relatadas em várias edições de CartaCapital em passado não tão longíquo. Era o auge do escândalo do mensalão e o dito jornalismo investigativo andava mais preocupado com o dinheiro na cueca de um assessor parlamentar no Ceará e os supostos dólares de Cuba. Para facilitar o trabalho deste time de investigadores da imprensa, agora heróis da liberdade e da apuração exaustiva, a revista lista a seguir as edições onde eles podem achar mais informações para enriquecer seu trabalho. Bom proveito.Edição 348, de 29 de Junho de 2005 - A reportagem O orelhudo tá nessa, a partir da página 28, narra a participação de Daniel Dantas no Valerioduto e conta como petistas, entre eles Sílvio Pereira, Delúbio Soares e José Dirceu, defenderam interesses do Opportunity no governo. O nome do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, vulgo Kakay, amigo de Dirceu, é apresentado como intermediário entre Dantas e o ex-ministro da Casa Civil. Atenção jornalistas investigativos, um executivo do Citibank contou a CartaCapital um diálogo com Dantas. O banqueiro brasileiro disse à turma do Citi que havia pagado 5 milhões (não disse se dólares ou reais) a Kakay para resolver seus problemas no governo.Edição 354, de 10 de agosto de 2005 - Em A Conexão Lisboa, CartaCapital conta os objetivos da viagem do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza a Portugal. O resto da imprensa atribuiu a viagem, da qual também participou Emerson Palmieri, tesoureiro do PTB, como lobby pela privatização do IRB, a empresa de resseguros do governo. Marcos Valério teria se apresentado como representante do governo na ocasião. A revista revelou que o motivo da viagem foi discutir a venda da Telemig Celular à Portugal Telecom. O plano de Dantas era negociar a empresa de telefonia celular mineira com os portugueses e usar o dinheiro para comprar a Brasil Telecom dos demais sócios (Citi e Telecom Itália), mantendo os fundos de pensão como minoritários. O problema era a oposição destes fundos. O mais firme opositor era Sérgio Rosa, presidente da Previ (fundo dos funcionários do Banco do Brasil). A idéia era demover Rosa da presidência da fundação e agir para que Henrique Pizzolatto assumisse o posto. Pizzolatto recebeu dinheiro do Valerioduto e agiu a favor de DD neste episódio. Uma auditoria da Brasil Telecom apontou mais tarde que o Opportunity provocou prejuízos de 600 milhões de reais à operadora, ao usar a estrutura e dinheiro da companhia em proveito próprio.Edição 363, de 12 de outubro de 2005 - A reportagem Segredos do Brasil conta a expectativa de autoridades quanto à abertura e o conteúdo do disco rígido dos computadores do Opportunity (os dados do HD são um dos sutentáculos da Operação Satiagraha). Relata-se ainda a pressão que o então ministro José Dirceu teria exercido sobre o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a Polícia Federal a favor de Dantas. Conta-se, por fim, as tentativas de desqualificação de Edson Vidigal, então ministro do STJ, que deu decisões desfavoráveis ao Opportunity.Edição 377, de 25 de janeiro de 2006 - Na quarta-feira, 16, a Folha de S. Paulo revela aos seus leitores ter tido acesso a um documento que CartaCapital publicou com detalhes mais de dois anos atrás. Em A agenda e a crise, descreve-se os encontros de Humberto Braz, à época presidente da Brasil Telecom Participações e atualmente preso por tentar corromper um delegado federal que atuou na Satiagraha, com figuras centrais do chamado mensalão. Estão lá, além de Marcos Valério, Ivan Guimarães, Duda Mendonça, Kakay, Cristiano Paes, entre outros. Braz também se reuniu 15 vezes com Eduardo Rascovisky, lobista carioca que tentou corromper o marido da juíza Márcia Cunha, segundo relato da própria magistrada. Titular da 2ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Márcia Cunha tinha tomado decisões contrárias aos interesses do Opportunity na disputa pelo controle das empresas de telefonia. Como o suborno não funcionou, a juíza passou a ser alvo de ataques. Um dossiê contra ela foi parar na imprensa. Márcia Cunha respondeu a um processo administrativo no tribunal e a quatro pedidos de suspeição feitos por advogados de Dantas.Edição 395, de 31 de maio de 2006 - Dantas e os petistas expõe as relações de próceres do PT com Dantas, a partir da estranha reunião na casa do senador Heráclito Fortes após a divulgação, por Veja, de contas falsas do presidente Lula, ministros e autoridades. A revista do grupo Abril atribuiu o dossiê a Dantas. Na casa de Fortes, e na presença do ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e dos deputados petistas Simaringa Seixas e José Eduardo Cardozo, o banqueiro negou ter sido autor do dossiê (acabou indicado, no ano passado, por calúnia). CartaCapital contou como Cardozo havia defendido interesses do Opportunity ao solicitar uma investigação da venda da CRT, operadora do Rio Grande do Sul, à Brasil Telecom. Essa operação serviu para Dantas encobrir os reais motivos da contratação da Kroll para bisbilhotar desafetos e concorrentes. Edição 396, de 7 de junho de 2006 - A Fábrica de Dossiês revelou há dois anos o que O Estado de S. Paulo acaba de descobrir: Dantas mandou espionar juízes. É uma longa lista de documentos apreendidos por conta da Operação Chacal, em 2004. Nos dossiês há referências a tucanos, petistas, policiais federais, magistrados e empresários nacionais e estrangeiros.

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