domingo, 19 de julho de 2009

NOSSA MÍDIA E SEU DIA A DIA ! PARTE 2 !

EM cada guerra, golpe de Estado ou agressão efetuada pelo Ocidente,
os grandes media aplicam estas cinco "regras da propaganda de guerra". Utilize esta grelha de leitura nos próximos conflitos.
Ficará impressionando por reencontrá-las todas as vezes:
1-Esconder a História;
2-Esconder os interesses econômicos; 3
-Diabolizar o adversário;
4-Branquear os nossos governos e os seus protegidos;
5-Monopolizar a informação, excluir o verdadeiro debate.
Aplicação ao caso de Honduras
1 - Esconder a História.
Honduras é o exemplo perfeito da "república bananeira" nas mãos dos EUA. A dependência e a pilhagem colonial provocaram um enorme fosso entre ricos e pobres. Segundo a ONU, 77% são pobres. O exército hondurenho foi formado e enquadrado – até nos piores crimes – pelo Pentágono. O embaixador estado-unidense John Negroponte (1981-1985) era chamado "o vice-rei de Honduras".
2 - Esconder os interesses econômicos.
Hoje, as multinacionais estado-unidenses (banana Chiquita, café, petróleo, farmácia, ...) querem impedir este país de conquistar a sua independência económica e política. A América do Sul une-se e vira à esquerda, mas Washington quer impedir que a América Central siga pelo mesmo caminho.
3 - Diabolisar o adversário.
Os media acusaram o presidente Zelaya de pretender fazer-se reeleger para preparar uma ditadura. Silêncio sobre os seus projetos sociais: aumento do salário mínimo, luta contra a hiper-exploração nas fábricas-prisão das firmas estadunidenses, diminuição do preço dos medicamentos, ajuda aos camponeses oprimidos. Silêncio sobre a sua recusa de encobrir os atos terroristas made in CIA. Silêncio sobre a impressionante resistência popular.
4 - Branquear os nossos governos e os seus protegidos.
Esconde-se o financiamento do putsch pela CIA. Apresenta-se Obama como neutro quando ele se recusou a encontrar e apoiar o presidente Zelaya. Se ele houvesse aplicado a lei e suprimido a ajuda estadunidense para Honduras, o golpe teria sido rapidamente sufocado. Le Monde e a maior parte dos media branquearam a ditadura militar falando de "conflito entre poderes". As imagens de repressão sangrenta não são mostradas ao público. Logo, um contraste gritante entre a diabolização do Irã e a discrição sobre o golpe de Estado hondurenho "made in CIA".
5. Monopolizar a informação, excluir o verdadeiro debate.
A palavra é reservada às fontes e peritos "aceitáveis" para o sistema. Toda a análise crítica sobre a informação é censurada. Assim, os nossos media impedem um verdadeiro debate sobre o papel da multinacionais, dos EUA e da UE no subdesenvolvimento da América Latina. Em Honduras, os manifestantes gritam "TeleSur! TeleSur!" para saudar a única televisão que os informa corretamente.
http://blogdobentes.blogspot.com/
SEGREDOS... OU MENTIRAS....
INFORMAÇÕES... OU DADOS COMPRADOS....???? ESTAMOS EM PLENO ANO ELEITORAL.... CANDIDATOS NOS MOSTRAM FATOS... INFORMAÇÕES SOAM FORTE...
TÁ DOIDO CARA... ANO ELEITORAL É EM 2010, SERÁ NO ANO QUE VEM...
MAS ESTOU PERCEBENDO QUE AS COISAS JÁ ACONTECEM..
E COMO...
ENTÃO VAMOS LER...
8/7, blog Imprensa Marrom. Um amigo me aconselhou a ver esse blog. Ele se destina a criticar fatos da política baseado em notícias publicadas na imprensa. Uma nota que me chamou a atenção foi esta: “PETROBRAS 2.0: FUNCIONÁRIOS DA ESTATAL USAM COMENTÁRIOS DO BLOG PARA OFENSAS PESSOAIS, CAMPANHAS PARTIDÁRIAS…”. O autor demonstra que a estatal mantém uma equipe de funcionários que se dedica a defender a empresa e atacar seus adversários, anonimamente, como se fossem cidadãos comuns. É uma permanente campanha sub-reptícia que nos soa estranha, parece até ilegal, por que uma empresa pública precisa fazer coisas dessa forma oculta? O blog tem outras coisas interessantes, como a comprovação de que Dilma Rousseff sabia perfeitamente das mentiras em seu currículo. Vale a pena conhecer, veja aqui.
14/7, Jornal do Brasil, capa. A chamada é para a coluna do economista americano Paul Krugman. Esta faz referência à conhecida historinha da rã que se jogada numa panela de água fervendo, pula para fora, mas se posta na mesma panela com água fria se acostuma à medida que a água vai esquentando e acaba cozida. O texto do jornal fala em “sapo cozido”. Estranhamos o sapo, e fomos pesquisar na fonte original, o New York Times. O texto diz “frog”, isso quer dizer rã, não sapo. O tradutor é ignorante e teve preguiça de olhar no dicionário. Isso me faz lembrar um erro semelhante do Globo, alguns anos atrás. Infelizmente esta coluna ainda não existia. Morreu nos Estados Unidos o grande cantor de jazz Mel Tormé. O jazz americano tem mania de dar apelidos aos músicos. Alguns casos famosos são Nat “King” Cole, “Duke” Ellington e “Count” Basie. Neste caso o apelido era “The velvet fog”, o que quer dizer “o nevoeiro de veludo”. Isso para dizer que ele tinha uma voz aveludada e misteriosa. Pois o tradutor do jornal pôs um “r” no nevoeiro, transformando-o em “frog”, confundiu sapo com rã e disse que o apelido do cantor era “O sapo de veludo”. Sem comentários…
14/7, Valor, capa do caderno empresas. A primeira das notinhas da coluna da esquerda tem como título: “Pão de açúcar cresce”. O texto começa assim: “As vendas brutas do grupo Pão de açúcar cresceram 15,4% no primeiro no segundo trimestre deste ano.” Espera aí, é no primeiro ou no segundo?
17/7, Estado, pág. B16. Falando do hábito de empresas da Índia de plagiar marcas famosas, uma frase diz que uma empresa “possui 230 lojas…”. Nós achamos muito feio o uso de “possuir’ no lugar de “ter”, e, além disso, o manual de redação do Estado diz que só pessoas possuem algo; empresas ou objetos “têm”. O pessoal do jornal está precisando ler o manual. Mais adiante um subtítulo diz que “Marca Financial Times foi registrada por um publisher indiano”. Assim mesmo, sem aspas para a palavra estrangeira. E o que quer dizer “publisher”? Fomos ler o texto e trata-se de uma empresa que publica um jornal local. Quer dizer que a S. A. O Estado de São Paulo é um publisher? Ridículo.
17/7, Valor, pág. B9. “Toyota e Mazda dividem motor híbrido”. Antes de escrever esta nota fui checar no Houaiss para ver se podia estar enganado, mas não. Enganado está o jornal. “Dividir” quer dizer repartir algo em duas ou mais partes, por exemplo dividir um pedaço de pão entre duas pessoas quer dizer que uma fica com um pedaço, a outra fica com outro. Será que eles vão partir os motores no meio, cada empresa fica com meio motor? O jornal quis dizer “compartilhar”. Boa parte dos brasileiros comete este erro, mas isso não justifica um jornal supostamente de qualidade cometê-lo.

17/7, Valor, capa do caderno Finanças. A primeira nota na coluna da esquerda conta que o presidente do Bradesco foi eleito “como novo administrador” do Banco Espírito Santo. Não entendemos e fomos checar num site de Portugal, onde fica o banco. O presidente do Bradesco foi eleito para o Conselho de Administração, tecnicamente é administrador mas a nota informa mal.

Títulos estapafúrdios
17/7, Globo, pág. 13. Falando da gripe suína, o título diz: “Letalidade da doença aumentou”. Já no primeiro parágrafo o texto desmente o título e informa que “isso, no entanto, não reflete a realidade”. O fato é que a letalidade não aumentou, o título é mentiroso.

Nenhum comentário: