domingo, 29 de junho de 2008

POLO NORTE ! ÚLTIMO GRITO DE ALERTA !

Agora é somente uma questão de tempo.
Pouco tempo.
Para a completa dissolução estiva do Pólo Norte disparou a contagem regressiva. Vinte anos, como sugere cautelosamente o Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas? Entre os 5 e os 10 anos, como asseguram autorizadas entidades de pesquisa estadunidenses? Ou apenas meses, como é a hipótese do National Geographic? A revista mensal dá conta de uma pesquisa conduzida por um grupo de estudiosos canadenses do Ártico. Segundo a avaliação destes pesquisadores, os gelos sazonais que se encontram nas imediatas proximidades do Pólo Norte seriam muito jovens e por isso menos resistentes ao derretimento: já na plenitude deste verão poderiam fundir-se. A informação é de Antonio Cianciullo e publicada pelo jornal La Repubblica, 24-06-2008.
Seria uma aceleração muito drástica, em contraste com a maioria das análises mais acreditadas. Poderia também acontecer de outra forma. No entanto, a tendência é agora clara e indiscutível. Desde 1979 o Pólo Norte perde quase um por cento dos gelos estivos ao ano e o ritmo de fusão está acelerando. De resto, é uma tendência comum a toda a criosfera: o mundo do gelo retrocede em toda parte. Na parte ocidental da Antártida o estrato de gelo está se afinando de 3 a 4 metros em cada ano. E a Groenlândia perde 220 quilômetros cúbicos de gelo ao ano: em 1996 o valor mensurado era igual a 90 quilômetros cúbicos por ano, em 2000 tinha saltado para 140, agora chegou a 220. Em substância, aumentou duas vezes e meia em dez anos. O dado, como sempre acontece nos santuários do frio extremo, tem um valor de síntese: há áreas nas quais os gelos continuam a crescer e outras em que colapsam. Mas, o que conta é o efeito complexivo e este efeito é agora claro.
Em substância, a exceção que havia maravilhado o mundo em 2000, torna-se a regra. O primeiro que atraiu a atenção geral para o que estava acontecendo foi o Worldwatch Institute que, em 2001, sublinhou o que acontecera no ano anterior, quando o rompe-gelo russo Yamal chegou ao Pólo Norte e não encontrou o gelo. A mítica passagem do Noroeste estava livre. “Como jovens, lemos que o almirante Perry procurava atingir o Pólo com o trenó: no verão passado teria que atingi-lo nadando”, comentou Lester Brown, fundador do Worldwatch Institute. Desde então, em cada verão, o recuo dos gelos foi sempre mais veloz. Para o desaparecimento total durante o verão é somente questão de tempo. Talvez bem pouco tempo.

Um comentário:

Anônimo disse...

é lastimavel ver ñ só o Polo Norte + todas as cosequencias do aquecimento global. o mundo vai se acabando aos poucos, por causa de atividades nas quais as pessoas que as efetuam ñ pensaram e nem pensarão no futuro do planeta e das pessoas. Um mundo capitalista q ñ se preocupa cm os recursos naturais. Não sendo renovaveis ele preferem usar tudo hoje e ficar sem nada amanhã. Será que essas atividades que ñ podem ser paradas para tentar amenizar os problemas naturais e que geram tantos problemas ao homem gerarão tanto dinehiro assim que vai comprar de volta tudo o que foi perdido na natureza???