IMAGEM DO HOMEM, TENTANDO SE COLOCAR COMO "DEUS". VEJA COMO FUNCIONARÁ O TAL "LHC" !
IMAGEM DO APARELHO QUE SERÁ USADO PARA O TESTE FEITO HOJE, 10 DE SETEMBRO DE 2008 !
Um grupo de cientistas de todo o mundo organizou ontem em Genebra uma festa pouco comum: The End of the World Party (A festa do fim do mundo).
Bom, alguém aí pode achar que a gravidade é forte
No subsolo da fronteira da Suíça com a França, os mesmos cientistas que organizaram a balada realizam hoje, a partir das 4 horas (horário de Brasília), o maior experimento da história da física. Depois de 20 anos de preparação e mais de US$ 8 bilhões em investimentos, o Large Hadron Collider (LHC), o maior acelerador de partículas do mundo, vai entrar em funcionamento.
O plano é arrojado, recriar as condições que existiam menos de 1 segundo após o Big Bang para tentar desvendar questões como: Do que é feita a matéria? Como funciona? Por que as partículas têm massa? O que é a matéria escura?
A reportagem é de Jamil Chade e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 10-09-1008. O jornal espanhol El País, 10-09-2008, sob o título "Inicia a busca da "partícula Deus", também destaca a notícia,
A reportagem é de Jamil Chade e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 10-09-1008. O jornal espanhol El País, 10-09-2008, sob o título "Inicia a busca da "partícula Deus", também destaca a notícia,
Há quem desconfie, porém, que tanta ousadia científica vai dar mesmo é no fim do mundo.
“Não há perigo nenhum”, rebate Andrei Loginov, físico russo que participa do projeto e organizou a confraternização de ontem. “Sempre existem aqueles que acreditam em risco. Mas não tem nada disso, e a festa é só uma boa desculpa para comemorar.”
Dentro do túnel de 27 km, dois feixes de prótons serão acelerados em tubos de vácuo a 99,99% a velocidade da luz - suficiente para dar 11 mil voltas por segundo no anel. Um feixe correrá no sentido horário e outro, no anti-horário, sempre paralelamente, a não ser por quatro pontos onde se cruzam, dentro de gigantescos detectores. Cada feixe, com 2.808 aglomerados de prótons, vai viajar com uma energia equivalente à de um caminhão de 3.200 kg viajando a 1.700 km/h. A cada colisão, serão geradas as partículas que os detectores vão analisar. Hoje, os controladores da Organização Européia para Pesquisas Nucleares (Cern) injetarão o primeiro feixe no LHC, na expectativa de que ele dê uma volta completa no anel.
Além do fascínio exercido pelas dimensões do experimento e por suas pretensões nada modestas, o LHC também suscitou muita polêmica. No início do ano, um grupo de cientistas entrou com processo nos EUA pedindo a interrupção do projeto, alegando que o choque de prótons criaria um buraco negro. Na semana passada, outro grupo apresentou denúncia ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos pedindo o embargo do experimento. A petição foi assinada por uma centena deles, entre os quais o professor de bioquímica alemão e teórico do caos Otto Rössler. Para eles, não houve um teste definitivo de segurança do LHC.
O porta-voz do Cern, James Gillie, garante que não há motivo para preocupação. Na realidade, a maior dor de cabeça da entidade é legitimar os investimentos bilionários dos últimos anos. Para alguns, ninguém sabe se os resultados terão valor para a ciência.
Projeto envolve 10 mil cientistas
No maior teste da física da história, a nacionalidade dos cientistas é o que menos importa. Israelenses, indianos, europeus, americanos, japoneses, muçulmanos, argentinos e brasileiros farão parte da experiência. No total, 10 mil cientistas vão começar, a partir de hoje, a analisar os resultados do projeto. Serão armazenados 200 milhões de resultados.
Um grupo de 30 brasileiros está trabalhando em diversas partes do projeto. Segundo o Cern, apesar do interesse da comunidade internacional, alguns resultados levarão meses ou anos para serem compreendidos. Para que as avaliações possam ser feitas mais rapidamente, os dados serão enviados a 60 mil computadores e consultados por especialistas de todas as regiões.
Dentro do túnel de 27 km, dois feixes de prótons serão acelerados em tubos de vácuo a 99,99% a velocidade da luz - suficiente para dar 11 mil voltas por segundo no anel. Um feixe correrá no sentido horário e outro, no anti-horário, sempre paralelamente, a não ser por quatro pontos onde se cruzam, dentro de gigantescos detectores. Cada feixe, com 2.808 aglomerados de prótons, vai viajar com uma energia equivalente à de um caminhão de 3.200 kg viajando a 1.700 km/h. A cada colisão, serão geradas as partículas que os detectores vão analisar. Hoje, os controladores da Organização Européia para Pesquisas Nucleares (Cern) injetarão o primeiro feixe no LHC, na expectativa de que ele dê uma volta completa no anel.
Além do fascínio exercido pelas dimensões do experimento e por suas pretensões nada modestas, o LHC também suscitou muita polêmica. No início do ano, um grupo de cientistas entrou com processo nos EUA pedindo a interrupção do projeto, alegando que o choque de prótons criaria um buraco negro. Na semana passada, outro grupo apresentou denúncia ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos pedindo o embargo do experimento. A petição foi assinada por uma centena deles, entre os quais o professor de bioquímica alemão e teórico do caos Otto Rössler. Para eles, não houve um teste definitivo de segurança do LHC.
O porta-voz do Cern, James Gillie, garante que não há motivo para preocupação. Na realidade, a maior dor de cabeça da entidade é legitimar os investimentos bilionários dos últimos anos. Para alguns, ninguém sabe se os resultados terão valor para a ciência.
Projeto envolve 10 mil cientistas
No maior teste da física da história, a nacionalidade dos cientistas é o que menos importa. Israelenses, indianos, europeus, americanos, japoneses, muçulmanos, argentinos e brasileiros farão parte da experiência. No total, 10 mil cientistas vão começar, a partir de hoje, a analisar os resultados do projeto. Serão armazenados 200 milhões de resultados.
Um grupo de 30 brasileiros está trabalhando em diversas partes do projeto. Segundo o Cern, apesar do interesse da comunidade internacional, alguns resultados levarão meses ou anos para serem compreendidos. Para que as avaliações possam ser feitas mais rapidamente, os dados serão enviados a 60 mil computadores e consultados por especialistas de todas as regiões.
A comunidade científica internacional está com os olhos voltados para o primeiro teste com o LHC (Grande Colisor de Hádrons), a máquina mais poderosa do mundo. Tão poderosa que tentará reproduzir o Big Bang, a explosão que deu origem ao Universo. Ao menos 9.000 pesquisadores estão na região de fronteira entre Suíça e França, onde o teste começou a ser realizado nesta quarta-feira.
A primeira tentativa de colocar em circulação um feixe de milhões de prótons foi bem sucedida. Os cientistas conseguiram fazer com que as partículas dessem uma volta completa no enorme túnel circular de 27 quilômetros. Este era justamente o objetivo da primeira etapa planejada para esta quarta. O primeiro lançamento de partículas no acelerador foi no sentido horário, disse Lyn Evans, diretor do projeto. "Vamos ter de comprovar que cada um dos elementos da máquina funciona", acrescentou.
A primeira tentativa de colocar em circulação um feixe de milhões de prótons foi bem sucedida. Os cientistas conseguiram fazer com que as partículas dessem uma volta completa no enorme túnel circular de 27 quilômetros. Este era justamente o objetivo da primeira etapa planejada para esta quarta. O primeiro lançamento de partículas no acelerador foi no sentido horário, disse Lyn Evans, diretor do projeto. "Vamos ter de comprovar que cada um dos elementos da máquina funciona", acrescentou.
Os cientistas comemoraram o êxito.
Uma grande apreensão tomou conta dos momentos iniciais antes do primeiro teste, conduzido por Evans. O grande temor por trás das pesquisas com o LHC são as notícias de que o experimento de colisões de hádrons (partículas como prótons e nêutrons) pela máquina poderia criar um "miniburaco negro" que engoliria a Terra.
"É irreal. Isso não faz sentido", disse James Gillies, o porta-voz do Cern (Organização Européia para Pesquisa Nuclear), organização responsável pelo LHC. Gillies disse a jornalistas que o máximo que poderia acontecer com o LHC seria o equipamento se quebrar e acabar soterrado sob a Europa. Além disso, ele declarou que no estágio inicial o colisor só funcionará parcialmente, sendo que o potencial máximo do equipamento só deverá ser alcançado após um ano.
Os pesquisadores querem saber - por meio de testes com choques de prótons e nêutrons - que segredos do Universo serão desvendados pelo aparelho, desde a origem da massa até a estrutura da matéria escura.
Os pesquisadores querem saber - por meio de testes com choques de prótons e nêutrons - que segredos do Universo serão desvendados pelo aparelho, desde a origem da massa até a estrutura da matéria escura.
RAP DO LHC
O sujeito passa sete anos da vida tentando explicar ciência de forma que todo mundo entenda e, de preferência, também se divirta. E aí assiste um videoclipe amador de rap no YouTube que deixa no chinelo tudo o que ele fez nesse sentido. É exatamente assim que eu me sinto depois de ver mais uma vez o “Large Hadron Rap”, obra-prima da divulgação científica e das rimas de pé-quebrado que explica, tintim por tintim, que diabos vai fazer o LHC, o maior acelerador de partículas do planeta, que acaba de ser inaugurado na Europa. Nesse caso, é um prazer inenarrável dar a mão à palmatória.
Quem teve a idéia mirabolante e conseguiu permissão pra executá-la em meio ao labirinto de fios e magnetos debaixo da terra, na fronteira entre a Suíça e a França, foi a americana Kate McAlpine, ex-assessora de imprensa do Cern, instituição européia que administra o LHC.
Tem tanta coisa divertida no rap e no vídeo que é melhor deixar a surpresa pra quem entende inglês e quiser assistir. Só como aperitivo, o lendário físico Stephen Hawking faz uma participação especial, assim como o Homem-Aranha de uniforme negro (vocês vão entender). Pra encerrar, o original e a tradução do rap explicando o MAIOR problema da física moderna numa única estrofe:
Now some of you may think that gravity is strong
Quem teve a idéia mirabolante e conseguiu permissão pra executá-la em meio ao labirinto de fios e magnetos debaixo da terra, na fronteira entre a Suíça e a França, foi a americana Kate McAlpine, ex-assessora de imprensa do Cern, instituição européia que administra o LHC.
Tem tanta coisa divertida no rap e no vídeo que é melhor deixar a surpresa pra quem entende inglês e quiser assistir. Só como aperitivo, o lendário físico Stephen Hawking faz uma participação especial, assim como o Homem-Aranha de uniforme negro (vocês vão entender). Pra encerrar, o original e a tradução do rap explicando o MAIOR problema da física moderna numa única estrofe:
Now some of you may think that gravity is strong
Cuz when you fall off your bicycle it don’t take long
Until you hit the earth, and you say, “Dang, that hurt!”
But if you think that force is powerful, you’re wrong.
You see, gravity – it’s weaker than Weak
And the reason why is something many scientists seek
They think about dimensions – we just live in three
But maybe there are some others that are too small to seeIt’s into these dimensions that gravity extends
Which makes it seem weaker, here on our end.
And these dimensions are “rolled up” – curled so tight
That they don’t affect you in your day to day life
Bom, alguém aí pode achar que a gravidade é forte
Já que quando você cai da sua bike não demora muito
Pra você bater no chão e dizer “Putz, isso doeu!”,
Mas se você acha que essa força é poderosa, está errado.
Veja só, a gravidade é mais fraca que um fracote
E a razão muitos cientistas estão tentando achar
Eles pensam em dimensões, nós só vivemos em três
Mas talvez existam outras pequenas demais pra ver
É nessas dimensões que a gravidade se estende
E isso a faz parecer mais fraca aqui do nosso lado
E essas dimensões estão ‘enroladas’ - tão amassadinhas
Que elas não te afetam no seu dia-a-dia
É ou não é sensacional?
É ou não é sensacional?
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