quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

METAS DE BARACK OBAMA PARA CLIMA, SÃO INSUFICIENTES, DIZEM CHINA E ÍNDIA !

Continuando o tema anterior, a respeito das questões ambientais, registro aquí a reunião que acontece na Polônia sobre o tema Aquecimento Global, Protocolo de Kyoto...
O Mapa acima identifica quem são os maiores emissores de Co2, os que menos emitem, e as iniciativas de redução de carbono...
A imagem acima, mostra o que se denomina MERCADO DE CARBONO, ou CRÉDITO VERDE.
POZNAN, Polônia (Reuters) - As metas do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, para controlar as emissões de gases do efeito estufa até 2020 são inadequadas para combater o aquecimento global, disseram à Reuters integrantes das delegações de China e Índia presentes à conferência de clima da ONU, na quarta-feira.
Os países em desenvolvimento saudaram o plano de Obama por metas mais rígidas do que as do presidente George W. Bush, mas afirmaram que o objetivo de Obama de cortar as emissões norte-americanas para os níveis de 1990 até 2020 não é suficiente para evitar o aquecimento global e seus perigos.
"É mais ambicioso que o presidente Bush, mas não o suficiente para alcançar a meta urgente e de longo prazo das reduções dos gases do efeito estufa," disse o integrante da delegação chinesa He Jiankun, da Universidade de Tsinghua, nos bastidores do evento que ocorre de 1o a 12 de dezembro.
As emissões norte-americanas, provenientes principalmente da queima de combustíveis fósseis, estão cerca de 14 por cento acima dos níveis de 1990, e os planos do governo Bush previam o aumento das emissões até 2025. Obama planeja cortar as emissões para 80 por cento dos níveis de 1990 até 2050.
"Não é suficientemente ambicioso, quando se consideram as metas do Protocolo de Kyoto, mas, levando em conta os oito anos de administração Bush, é um progresso", disse Dinesh Patnaik, um dos diretores do Ministério das Relações Exteriores da Índia.
Os EUA isolaram-se em relação aos países industrializados ao não ratificar o Protocolo de Kyoto, que obriga 37 países desenvolvidos a cortar emissões até 2012 como um primeiro passo para evitar mais ondas de calor, inundações, secas e aumento no nível dos oceanos.
Os países em desenvolvimento presentes ao encontro da ONU, que reúne 187 nações em Poznan, na Polônia, disseram que os países ricos deveriam estabelecer metas ainda mais ambiciosas, de cortes de 25 a 40 por cento nos níveis de 1990 até 2020, apesar da crise financeira.
China e EUA são os principais emissores dos gases-estufa, à frente de Índia e Rússia. A emissão per capita norte-americana, entretanto, é quase cinco vezes maior que a da China. Os países em desenvolvimento afirmam que os ricos são responsáveis pela maior parte do carbono emitido desde a Revolução Industrial.
As conversações em Poznan verificam o progresso feito até agora para um novo tratado da ONU que substituirá o Protocolo de Kyoto. Um acordo para o novo protocolo deve ser estabelecido até o fim do ano que vem, em Copenhague.


Mercado mundial de carbono aumentou 41% no primeiro semestre de 2008
(AFP) — O mercado mundial de gases causadores do efeito estufa aumentou 41% no primeiro semestre de 2008 em relação ao mesmo período do ano passado, indicou um estudo divulgado nesta quarta-feira na Conferência da ONU sobre o clima em Poznan, na Polônia.
Segundo a pesquisa, realizada pela Associação Mundial do Comércio de Emissões (Ieta), o mercado mundial de carbono aumentou nos primeiros seis meses do ano, chegando a 38 bilhões de euros (48 bilhões de dólares).
O documento aponta que o rápido crescimento do setor pode se acelerar ainda mais se os Estados Unidos implementarem um mercado nacional de carbono, depois da posse do presidente eleito Barack Obama.
Nos primeiros seis meses do ano, foram comercializadas 1,84 bilhão de toneladas de dióxido de carbono, principal gás causador do efeito estufa, um aumento de 56% em relação aos 1,2 bilhão de toneladas negociadas no mesmo período de 2007.
Esses volumes e seus valores sugerem um preço médio de 20,61 euros por tonelada de CO2 ou seu equivalente.
O sistema de comércio dos direitos de emissão da União Européia (UE), lançado dentro das diretrizes do Protocolo de Kyoto, de 1997, responde por 70% do volume global do mercado de carbono no primeiro semestre de 2008, contra 61% em todo o ano de 2007.
O mercado mundial de carbono foi criado em 2005, de acordo com o Protocolo de Kyoto, embora já existissem programas-piloto há alguns anos.
Em 2003, o comércio mundial de CO2 negociou apenas 70 milhões de toneladas.
A conferência de Poznan deve permitir a negociação de um futuro acordo mundial sobre o clima no fim de 2009, que regulará a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa para combater o aquecimento global.

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