quarta-feira, 27 de agosto de 2008

MINHAS DICAS PARA O ENEM-2008 !

Olá galera, enfim, acabei fazendo o que me pediram : Publiquei, de forma descarada, minhas dicas para o ENEM - 2008, sabendo que, pode representar muita coisa para sua prova, ou nada, depende: se você andou lendo as principais notícias de jornais neste ano até agora, será um felizardo no resultado final, mas se não andou fazendo isso, entre neste blog, e procure ler mais, mas como dizem por aí, e eu, aprendí quando era criança : "todo artista tem de ir aonde o povo está ", segue abaixo, minas dicas para o exame de domingo próximo, 31 de Agosto. Boa Sorte!



DICA 01 : LEI SECA !
'Lei seca' brasileira é semelhante à de países árabes
Jordânia, Qatar e Emirados Árabes Unidos têm legislação como a do Brasil.A Rússia acaba de aumentar o nível de álcool permitido para seus motoristas.
Do G1, em São Paulo
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A nova lei sobre consumo de álcool para quem dirige aproxima o Brasil de países como Jordânia, Qatar e Emirados Árabes Unidos, que não permitem nenhuma concentração de álcool no sangue dos motoristas, com punições que vão de multas à prisão. A maioria dos países da União Européia, assim como os Estados Unidos e Canadá, tem uma legislação mais flexível em relação ao tema. Algumas nações islâmicas, como Arábia Saudita e Irã, proíbem a venda de bebidas alcoólicas no país.

A maioria dos países árabes, por serem Estados islâmicos, tem uma política de "tolerância zero" com as bebidas alcoólicas. No Qatar, por exemplo, quem é pego com qualquer quantidade de álcool no sangue enfrentará penas que vão de prisão e multa a deportação, caso seja estrangeiro.
No Brasil, pela nova lei, de 19 de junho deste ano, quem for pego dirigindo com qualquer concentração de álcool será submetido a multa de R$ 955 e a suspensão do direito de dirigir por um ano, além de incorrer em infração gravíssima, com sete pontos em carteira. Antes, era permitida a ingestão de até 6 decigramas de álcool por litro de sangue (o equivalente a dois copos de cerveja).
Nos Estados Unidos, a lei permite o consumo de até oito decigramas de álcool por litro de sangue. As penalidades, no entanto, variam. Na Califórnia, por exemplo, a carteira de motorista é suspensa para menores de 21 anos. No Mississsippi, se o motorista se recusar a fazer o teste ao ser parado, sua permissão é invalidada por 90 dias.
Os ingleses também tem o mesmo limite de álcool permitido: oito decigramas de álcool. Mas lá as conseqüencias são diferentes. Se for pego bêbado, o motorista enfrentará, no mínimo, uma acusação formal, a suspensão da licença por um ano e seu nome numa ficha criminal. Dependendo do grau de bebida e do estrago, o autuado pode ter que pagar multa de até 5 mil libras (cerca de R$ 16 mil) e ficar mais seis meses na prisão.

Lei contrária

Já a Rússia fez o contrário do Brasil. Em 1º de julho, depois de adotar a política de "tolerância zero", o governo irá aumentar o limite para três decigramas de álcool por litro de sangue, o que permitirá que os motoristas bebam um copo de cerveja antes de dirigir, informou a agência de notícias France Presse.
A Rússia tem um dos piores índices de segurança no trânsito do mundo, com cerca de 33 mil pessoas mortas em acidentes do tipo no ano passado. Quase metade desse número foi causado por motoristas bêbados, segundo dados do governo.


DICA 02: AS FONTES DE ENERGIA EM UM MUNDO DE CHOQUES DO PETRÓLEO !

Um dos recursos minerais mais importantes do mundo e que está com o fim mais próximo é o petróleo, embora não seja a única fonte de energia, os países têm uma preocupação muito grande, porque é essa que mantém o desenvolvimento econômico e tecnológico, além de oferecer qualidade de vida às pessoas. Todos sabem da limitação dos recursos, diante disso foram criadas fontes alternativas como:

Energia biológica
São energias que se originam da biomassa ou de microrganismo, a biomassa são fontes de extração de energia (cana, eucalipto etc.). O uso desse tipo de energia será uma tendência mundial, a energia de origem orgânica é baseada na biotecnologia.

Biogás
Gás liberado na decomposição de elementos orgânicos (ex. lixo, esterco, palha etc.) e o biodigestor transforma esses resíduos em gás. A produção de biogás é interessante por dois motivos, diminui a quantidade de resíduos no ambiente e é pouco poluidor.

Álcool e Óleos vegetais
O álcool, importante combustível da atualidade, pode ser extraído de vários vegetais (cana, beterraba, cevada, batata, mandioca, girassol, eucalipto etc.), pode ser utilizado de várias formas, mas seu destaque maior é como combustível, que passou a ser utilizado nos automóveis a partir da década de 1970, é bom ressaltar que essa é uma tecnologia brasileira.
Atualmente, apenas Brasil e Rússia estão utilizando o álcool como combustível, o Brasil com a cana extrai o etanol, a Rússia com o eucalipto extrai o metanol. Algumas alternativas de geração de combustíveis podem ser mais promissoras do que o próprio álcool, como é o caso dos óleos que são extraídos de vegetais (mamona, babaçu, dendê, soja, algodão, girassol, amendoim entre outros). O desenvolvimento dessas tecnologias nos últimos anos tem sido deixado de lado por falta de investimentos, o óleo vegetal é mais calorífero que o álcool, assim poderia facilmente substituir o diesel, a gasolina e o querosene, que são combustíveis de fontes limitadas. No mundo essa alternativa energética ainda foi pouco difundida, mas isso é uma questão de tempo.

Energia Solar e Hidrogênio
Os raios solares que incidem na terra possuem uma quantidade incrível de energia, com isso alguns estudos revelam que os raios poderiam produzir muito mais energia do que todas hidrelétricas e termoelétricas do mundo, o problema é que ainda não se sabe como canalizar e armazenar essa energia. Em países como Alemanha, o governo destina incentivos às residências que instalam coletores solares. Outra fonte que anda em fase de aprimoramento é a energia de hidrogênio, que produz poucos resíduos e a baixo custo, estima-se que no final dessa década já tenha carros disponíveis com motores movidos a hidrogênio.
Marés, Ventos e Energia Geotérmica
O movimento das marés (movimento das águas) move turbinas que podem gerar energia, esse recurso é utilizado em países como Japão e França.
A energia eólica é uma fonte de energia conhecida há muitos anos, pois foi utilizada para mover moinhos, no mundo existem cerca de 30 mil geradores de energia eólica. A energia geotérmica é extraída do calor vindo do interior da terra, os EUA, Itália e Japão produzem energia dessa natureza, mas esse tipo só é possível em lugares que possuem vulcões ou áreas de concentração de placas litosféricas. Em países como a Islândia, os gêiseres são aproveitados, são águas quentes que saem interior da Terra que também geram energia geotérmica.

O mapa acima se refere à região dos Bálcãs, onde esteve localizada a Iugoslávia, e onde os conflitos étnicos, nacionalistas levaram à FRAGMENTAÇÃO deste país, considerado, Uniãodos povos Eslavos do Sul.

DICA 03: A FRAGMENTAÇÃO DA IUGOSLÁVIA

Resumo da fragmentação da Iugoslávia
O Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos surgiu após o término da Primeira Guerra Mundial (1914-18), sendo composto por Sérvia e Montenegro somado a alguns fragmentos do Império Otomano (Macedônia) e Áustro-Húngaro (Croácia e Eslovênia).
Após a Segunda Guerra Mundial (1939-45), a Iugoslávia (ou Federação Iugoslava) tornou-se um Estado socialista com a liderança do marechal Josip Broz Tito.
Com a morte de Tito (1980), a década de 80 foi marcada pela crise socioeconômica, rivalidade entre grupos étnico-religiosos, além dos efeitos do colapso do bloco socialista a partir de 1989.
A fragmentação é iniciada em 1991 com a independência da Eslovênia, Croácia e Macedônia.
Na Bósnia-Herzegovina, ocorreu uma guerra civil (1992-95) entre os que desejavam a independência (croatas e muçulmanos da Bósnia) e os que defendiam a permanência na Iugoslávia (sérvios da Bósnia com apoio do governo iugoslavo).
O conflito fez 200 mil mortos. O Tratado de Dayton (1995) pôs fim à guerra e o país tornou-se independente, mesmo assim, com uma confederação em que os sérvios controlam 49% do território e os croatas/ muçulmanos (50%).
Em Kosovo, território que era controlado pela antiga Iugoslávia, os albaneses (90% da população) se rebelaram contra os sérvios (10%) que tinham o apoio do governo central liderado pelo presidente Slobodan Milosevick. O massacre dos kosovares de origem albanesa pelas tropas sérvias levou a uma intervenção da Otan em 1999. Assim, os sérvios recuam e Kosovo passa a ser administrado pela ONU com tropas internacionais. É provável que Kosovo também se torne um país independente no futuro.
Independência de Montenegro (2006) através de referendo popular apoiado pela UE.
A Sérvia atual mantém seu controle sobre a província de Voivodina (com minoria húngara).
Em 2008, a província de Kosovo se declara independente, com apoio da comunidade internacional.

A imagem acima, se refere a uma fotografia de satélite tirada antes da ação do Ciclone Catarina.

DICA 04 : CICLONE CATARINA !

Começo de Tudo Por volta do dia 20 de março especialistas em observar e analisar a evolução do tempo em diferentes regiões do planeta tiveram a sua atenção voltada para a costa sudeste do Brasil.

Brasil - Atlântico Sul

Imagens do satélite mostravam uma formação atmosférica peculiar , que de acordo com os modelos matemáticos de previsão desenvolvidos, esta formação deveria se dissipar nos próximos dias, porém isto não aconteceu. Aquela formação atmosférica com sua concentração de nuvens de formação espiral em torno de um núcleo central se organizou até que em 25 de março não havia mais dúvida - lá estava o olho do furacão , que os meteorologistas do Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hidrícos de Santa Catarina o batizaram de " Catarina". A virada do dia 26 para o dia 27 de março tornou-se um inferno para as cidades costeiras do litoral de Santa catarina. No dia 28, ventos de até 150 quilômetros por hora e uma forte chuva provocados pelo fenômeno devastaram áreas no norte do Rio Grande do Sul e no sul de Santa Catarina. As cidades catarinenses de Passos de Torres e Santa Rosa do Sul tiveram 95% de suas casas atingidas. Até a noite do dia 28, quatro pescadores haviam morrido e oito ainda estavam desaparecidos.

A Surpresa
Desde o século XV, data dos registros da navegação no oceano Atlântico, inclusive o período em que tem início a observação por satélites, a partir de 1960, jamais se registrou um fenômeno de tal magnitude no Atlântico Sul. A explicação para ausência de furacões ou ciclones tropicais no Atlântico Sul, é devido a baixa temperatura da superfície do mar e pela existência de ventos desfavoráveis nos níveis atmosféricos mais altos.

Características
A análise das imagens efetuadas pelos experientes meteorologistas
Detalhe - Atlântico Suldo Centro Nacional de Furacão dos EUA, permitiu classificar a tempestade na categoria 1 - isto quer dizer, ventos de 119 km/h a 153 km/h e pressão no olho do furacão de 979 hPa(1). O "Catarina" foi um autêntico furacão (ciclone tropical), com um diâmetro relativamente pequeno (400 km), com ventos e chuvas nas suas espirais concentradas em torno do núcleo. A previsão e análise do risco que poderia representar, evitou maiores danos e perdas de vida.

Pode Acontecer de Novo ?
Na América do Sul, já é de conhecimento do especialistas que, sobre o Atlântico Sul, perto dos estados de Santa catarina e Paraná, há uma região denominada de ciclogênese (berço de ciclones). Em geral um furacão forma-se sobre águas com temperatura acima de 26ºC, o calor liberado na condensação do vapor é quem irá alimentar o furacão. As análises efetuadas posteriormente com dados fornecidos pelo satélite TRMM, forneceram uma importante pista para a origem do "Catarina", revelaram uma notável anomalia positiva (aumento) de temperatura da água na superfície do oceano, nas regiões de formação e deslocamento do vórtice(2). Essa anomalia foi observada pelo satélite ao largo da costa sul do Rio de Janeiro e ao leste do estado de Santa Catarina. De acordo com o Meteorologista brasileiro Rubens Junqueira Villela , formado pela Universidade Estadual da Flórida, tais anomalias seriam consequência do aquecimento global e, nesse caso, pode-se esperar a repetição do fenômeno, até então inédito no Atlântico Sul.

O mapa acima se refere às FALHAS GEOLÓGICAS, presentes no brasil, e causadoras dos principais abalos sísmicos do país.

DICA 05: ABALOS SÍSMICOS NO BRASIL !
Por muito tempo, acreditou-se que o Brasil estivesse a salvo dos terremotos por não estar sobre as bordas das placas tectônicas - o movimento dessas placas estão entre as principais causas dos terremotos.No entanto, sabe-se que os tremores podem ocorrer inclusive nas regiões denominadas "intraplacas", como é o caso brasileiro, situado no interior da Placa Sul-Americana. Nessas regiões, os tremores são mais suaves, menos intensos e dificilmente atingem 4,5 graus de magnitude. Os tremores que ocorrem em nosso país decorrem da existência de falhas (pequenas rachaduras) causadas pelo desgaste da placa tectônica ou são reflexos de terremotos com epicentro em outros países da América Latina.

Ou seja, no Brasil os abalos sísmicos têm características diferentes dos terremotos que ocorrem, por exemplo, no Japão e nos Estados Unidos. Nesses locais, existe o encontro de duas ou mais placas tectônicas - e as falhas existentes entre elas são, normalmente, os locais onde acontecem os terremotos mais intensos.Embora a sismicidade ou atividade sísmica brasileira seja menos freqüente e bem menos intensa, não deixa de ser significativa e nem deve ser desprezada, pois em nosso país já ocorreram vários tremores com magnitude acima de 5,0 na Escala Richter, indicando que o risco sísmico não pode ser simplesmente ignorado.
Escala RichterA primeira
Escala Richter apontou o grau zero para o menor terremoto passível de medição pelos instrumentos existentes à época. Atualmente, a sofisticação dos equipamentos tornou possível a detecção de tremores ainda menores do que os associados ao grau zero, e tem ocorrido a medição de terremotos de graus negativos.Teoricamente, a Escala Richter não possui limite. De acordo com o Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos, aconteceram três terremotos com magnitude maior do que nove na Escala Richter desde que a medição começou a ser feita. De acordo com outras fontes, como a Enciclopédia Britânica, tal marca nunca foi alcançada.

Regiões brasileiras e abalos sísmicos

No Brasil, os tremores de terra só começaram a ser detectados com precisão a partir de 1968, quando houve a instalação de uma rede mundial de sismologia. Brasília foi escolhida para sediar o arranjo sismográfico da América do Sul. Há, atualmente, 40 estações sismográficas em todo o país, sendo que o aparelho mais potente é o mantido pela Universidade de Brasília.Há relatos de abalos sísmicos no Brasil desde o início do século 20. Segundo informações do "Mapa tectônico do Brasil", criado pela Universidade Federal de Minas Gerais, em nosso país existem 48 falhas, nas quais se concentram as ocorrências de terremotos.Ainda segundo dados levantados a partir da análise de mapas topográficos e geológicos, as regiões que apresentam o maior número de falhas são o Sudeste e o Nordeste, seguidas pelo Norte e Centro-Oeste, e, por último, o Sul. O Nordeste é a região que mais sofre com abalos sísmicos. O segundo ponto de maior índice de abalos sísmicos no Brasil é o Acre. No entanto, mesmo quem mora em outras regiões não deve se sentir imune a esse fenômeno natural.Embora grande parte dos sismos brasileiros seja de pequena magnitude (4,5 graus na Escala Richter), a história tem mostrado que, mesmo em "regiões tranqüilas" podem acontecer grandes terremotos. Apesar de não ser alarmante, o nível de sismicidade brasileira precisa ser considerado em determinados projetos de engenharia, como centrais nucleares, grandes barragens e outras construções de grande porte, principalmente nas construções situadas nas áreas de maior risco.
Alguns tremores de terra registrados no BrasilO maior terremoto que o país já teve ocorreu há mais de 50 anos, na Serra do Tombador, no Mato Grosso: atingiu 6,6 graus na Escala Richter. Mas há outros registros:
Mogi-Guaçu, São Paulo, 1922: 5,1 graus
Tubarão, Santa Catarina, 1939: 5,5 graus
Litoral de Vitória, Espírito Santo, 1955: 6,3 graus
Manaus, Amazonas, 1963: 5,1 graus
Noroeste do Mato Grosso do Sul, 1964: 5,4 graus
Pacajus, Ceará, 1980: 5,2 graus
Codajás, Amazonas, 1983: 5,5 graus
João Câmara, Rio Grande do Norte, 1986: 5,1 graus
João Câmara, Rio Grande do Norte, 1989: 5,0 graus
Plataforma, Rio Grande do Sul, 1990: 5,0 graus
Porto Gaúcho, Mato Grosso, 1998: 5,2 graus
Estado de Pernambuco: entre 2001 e 2005 foram registrados 1,5 mil tremores de terra de baixo impacto
Divisa entre Acre e Amazonas, 2007, 6,1 graus
Itacarambi, Minas Gerais, 09/12/2007: 4,9 graus (é o primeiro tremor da história
do Brasil que provocou 1 morte, 5 feridos e varias casas destruídas).

O mapa acima, mostra algumas informações a respeito da questão de alimentos no mundo.
DICA 06: A CRISE MUNDIAL DE ALIMENTOS !
O que está por trás da crise mundial de alimentos?
terça, 08 abril 2008 . The New York Times
Atualmente você ouve muito sobre a crise financeira mundial. Mas há outra crise mundial em andamento -e está prejudicando muito mais pessoas.Eu falo sobre a crise de alimentos. Nos últimos dois anos os preços do trigo, milho, arroz e outros alimentos básicos dobraram ou triplicaram, com grande parte do aumento ocorrendo nos últimos poucos meses. Os altos preços dos alimentos incomodam até mesmos os americanos relativamente prósperos, mas são realmente devastadores nos países pobres, onde os alimentos freqüentemente são responsáveis por mais da metade das despesas de uma família.Já há ao redor do mundo tumultos causados por alimentos. Os países fornecedores de alimentos, da Ucrânia até a Argentina, estão limitando as exportações em uma tentativa de proteger os consumidores domésticos, levando a protestos furiosos dos produtores rurais -e tornando as coisas ainda piores nos países que precisam dos alimentos importados.Como isto aconteceu? A resposta é uma combinação de tendências de longo prazo, azar e política ruim.Vamos começar pelas coisas que não são culpa de alguém.Primeiro, há a marcha dos chineses comedores de carne -isto é, o crescente número de pessoas nas economias emergentes que estão, pela primeira vez, ricas o bastante para começarem a comer como os ocidentais. Como são necessárias cerca de 700 calorias em ração animal para produzir um bife de carne bovina de 100 calorias, esta mudança na dieta aumenta a demanda geral por grãos.Segundo, há o preço do petróleo. A agricultura moderna é altamente intensiva em energia: muita BTU (unidade térmica britânica) é usada na produção de fertilizante, na operação de tratores e no transporte dos produtos agrícolas aos consumidores. Com o petróleo persistentemente acima de US$ 100 o barril, os custos de energia se tornaram o principal fator por trás dos aumentos dos custos agrícolas.Os altos preços do petróleo, a propósito, têm muito a ver com o crescimento da China e de outras economias emergentes. Direta e indiretamente, estas potências econômicas em ascensão estão competindo com o restante de nós por recursos escassos, incluindo petróleo e terras agrícolas, elevando os preços de matérias-primas de todo tipo.Terceiro, houve uma seqüência de condições meteorológicas adversas em áreas-chave de cultivo. A Austrália, em particular, normalmente a segunda maior exportadora de trigo do mundo, vem sofrendo uma seca épica.OK, eu disse que estes fatores por trás da crise dos alimentos não são culpa de ninguém, mas não é bem verdade. A ascensão da China e de outras economias emergentes é a principal força por trás do aumento dos preços do petróleo, mas a invasão ao Iraque -que seus proponentes prometeram que levaria a petróleo mais barato- também reduziu a oferta de petróleo abaixo do que estaria caso contrário.E o clima ruim, especialmente a seca australiana, está provavelmente relacionado à mudança climática. Assim, políticos e governos que ficaram no caminho da ação contra os gases do efeito estufa têm alguma responsabilidade pela escassez de alimentos.Mas onde os efeitos de políticas ruins estão mais claros é na ascensão do demônio etanol e outros biocombustíveis.A conversão subsidiada de produtos agrícolas em combustível deveria promover a independência energética e ajudar a limitar o aquecimento global. Mas esta promessa era, como colocou a revista "Time", um "embuste".Isto é particularmente verdadeiro em relação ao etanol de milho: mesmo nas estimativas otimistas, a produção de um galão de etanol de milho usa grande parte da energia que o galão contém. Mas, na verdade, até mesmo políticas de biocombustíveis aparentemente "boas", como a usada pelo Brasil com o etanol de cana-de-açúcar, aceleram o ritmo da mudança climática ao promover o desmatamento.E enquanto isso, a terra usada para cultivo de ração e biocombustível é terra não disponível para o cultivo de alimentos, de forma que os subsídios aos biocombustíveis são um grande fator na crise dos alimentos. Seria possível colocar desta forma: as pessoas estão passando fome na África para que políticos americanos possam cortejar eleitores nos Estados rurais.Ah, e em caso de você estar se perguntando: todos os candidatos presidenciais que restam são terríveis nesta questão.Mais uma coisa: um motivo para a crise dos alimentos ter ficado tão severa, tão rapidamente, é que os grandes agentes no mercado de grãos se tornaram complacentes.Governos e mercadores privados de grãos costumavam manter grandes estoques em tempos normais, para o caso de uma safra ruim criar uma escassez repentina. Mas ao longo dos anos, foi autorizado que estes estoques preventivos encolhessem, principalmente porque todos acreditavam que os países que sofressem quebra de safra sempre poderiam importar o alimento necessário.Isso deixou o equilíbrio mundial de alimentos altamente vulnerável a uma crise que afeta muitos países ao mesmo tempo -da mesma forma que a negociação de títulos financeiros complexos, que deveriam afastar o risco por meio da diversificação, deixaram os mercados financeiros mundiais altamente vulneráveis a um choque por todo o sistema.O que deve ser feito? A necessidade mais imediata é de mais ajuda para as pessoas em dificuldades: o Programa Mundial de Alimentos da ONU fez um apelo desesperado por mais fundos.Nós também precisamos reagir contra os biocombustíveis, que revelaram ser um erro terrível.Mas não está claro quanto precisa ser feito. Alimento barato, assim como o petróleo barato, pode ter se transformado em algo do passado.

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