MOSCOU (AFP) — A Rússia pediu neste sábado "moderação e boa vontade" à Geórgia e aos separatistas da Ossétia do Sul, envolvidos num conflito que deixou seis mortos na sexta-feira.
"O ministério das Relações Exteriores conclama Tbilisi e Tskhinvali (capital da Ossétia do Sul) a demonstrarem moderação e boa vontade para resolver a crise", disse a chancelaria russa em comunicado. "Estamos muito preocupados com a escalada da tensão, e vamos tomar providências enérgicas para impedir que a situação piore", avisou o ministério, afirmando que a Ossétia do Sul teve que enfrentar um ataque "em massa".
O primeiro-ministro do governo separatista da Ossétia do Sul ordenou neste sábado a evacuação das mulheres, das crianças e dos idosos de Tskhinvali e de seus arredores, "para garantir a segurança da população", segundo o site do departamento de informação dos separatistas.
Seis pessoas, entre elas três membros das forças de segurança, foram mortas, e outras sete ficaram feridas na sexta-feira por disparos procedentes das posições georgianas, segundo o governo da Ossétia. Já Tbilisi afirmou que os separatistas abriram fogo contra suas posições.
Como a Abkházia, a Ossétia do Sul proclamou unilateralmente sua independência da Geórgia no dia seguinte à queda da União Soviética, em 1991, mas não teve reconhecimento internacional
Ossétia do Sul denuncia movimentos de tropas georgianas, mas Tbilisi nega
da Efe, em Tbilisi
As autoridades da região separatista georgiana da Ossétia do Sul denunciaram hoje que a Geórgia estaria aproximando suas tropas da região do conflito, acusações que foram negadas pelo Governo de Tbilisi. "Junto à fronteira da Ossétia do Sul, há movimentos de tropas das Forças Armadas da Geórgia", afirmou, em comunicado, o Comitê de Informação e Imprensa da Ossétia do Sul. Segundo a declaração, que cita um relatório do Ministério da Defesa da Ossétia do Sul, o comando militar georgiano enviou uma coluna com peças de artilharia e duas baterias de morteiros à região do conflito. Os separatistas afirmaram que essas forças foram enviadas da base militar georgiana em Gori, que fica 25 quilômetros ao sul da capital da Ossétia do Sul, Tskhinvali. As denúncias do Governo separatista, que controla 65% da região, no norte da Geórgia e fronteiriça com a Rússia, foram negadas por Tbilisi.
"Essas informações não correspondem à verdade. Não há movimentações de tropas, nem forças adicionais foram enviadas à região do conflito", disse o porta-voz do Ministério do Interior georgiano, Shota Utiashvili. Utuashvili destacou que as únicas forças georgianas que se encontram na região do conflito são as tropas de paz e os efetivos policiais, cuja presença é contemplada pelos acordos de cessar-fogo de 1992.
O conflito entre a Geórgia e a Ossétia do Sul se intensificou na sexta-feira com troca de tiros de armas leves, nos quais seis pessoas morreram, todas elas da região separatista, e mais 30 pessoas de ambos os lados da disputa ficaram feridas.
Separatistas e georgianos trocaram acusações de iniciar as hostilidades, que ameaçam reativar o conflito, que deixou 2 mil mortos entre 1990 e 1992.
A porta-voz do Governo da Ossétia do Sul, Irina Gagloyeva, disso no sábado à noite que várias aldeias da região foram atingidas por disparos, mas não houve vítimas.
As autoridades da Geórgia acusaram os separatistas de disparar contra várias aldeias georgianas. Um dia antes, as autoridades da região separatista começaram a evacuação da população infantil de Tskhinvali para a vizinha Ossétia do Norte, na Rússia, à qual a Ossétia do Sul deseja se unir. O presidente da Ossétia do Norte, Teimuraz Mamsurov, se pronunciou hoje contra o uso de termos como "evacuação" e "refugiados" em relação ao trânsito entre as duas regiões ossetas. "As pessoas transitam nas duas direções. É preciso tirar esses termos da cabeça", disse Mamsurov, citado pela agência russa "Interfax".
Mamsurov se mostrou convencido de que a única maneira de garantir a paz na região do conflito entre a Geórgia e a Ossétia do Sul é o retorno de Tbilisi à mesa de negociações.
A Rússia pediu hoje à Geórgia e à Ossétia do Sul que reatem as conversas, e denunciou como "contraproducente e perigosa" a política de Tbilisi que procura mudar o atual formato das negociações. "Consideramos de suma importância a retomada do processo negociador no formato da Comissão Mista de Controle (formada por Rússia, Geórgia, Ossétia do Sul e Ossétia do Norte) e a realização de reuniões de trabalho urgentes de representantes das partes em conflito", afirmou o Ministério de Assuntos Exteriores russo.
Além disso, o comando russo das forças mistas de paz - formada por russos, georgianos e ossetas - acusou a Geórgia pelo rompimento do cessar-fogo.
As autoridades georgianas defendem a substituição das forças de paz russas por um contingente policial internacional, iniciativa que conta com apoio da União Européia (UE) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
As autoridades da Geórgia denunciam que a Ossétia do Sul e a Abkházia, a outra região separatista do país, têm apoio político, econômico e militar da Rússia.
"O ministério das Relações Exteriores conclama Tbilisi e Tskhinvali (capital da Ossétia do Sul) a demonstrarem moderação e boa vontade para resolver a crise", disse a chancelaria russa em comunicado. "Estamos muito preocupados com a escalada da tensão, e vamos tomar providências enérgicas para impedir que a situação piore", avisou o ministério, afirmando que a Ossétia do Sul teve que enfrentar um ataque "em massa".
O primeiro-ministro do governo separatista da Ossétia do Sul ordenou neste sábado a evacuação das mulheres, das crianças e dos idosos de Tskhinvali e de seus arredores, "para garantir a segurança da população", segundo o site do departamento de informação dos separatistas.
Seis pessoas, entre elas três membros das forças de segurança, foram mortas, e outras sete ficaram feridas na sexta-feira por disparos procedentes das posições georgianas, segundo o governo da Ossétia. Já Tbilisi afirmou que os separatistas abriram fogo contra suas posições.
Como a Abkházia, a Ossétia do Sul proclamou unilateralmente sua independência da Geórgia no dia seguinte à queda da União Soviética, em 1991, mas não teve reconhecimento internacional
Ossétia do Sul denuncia movimentos de tropas georgianas, mas Tbilisi nega
da Efe, em Tbilisi
As autoridades da região separatista georgiana da Ossétia do Sul denunciaram hoje que a Geórgia estaria aproximando suas tropas da região do conflito, acusações que foram negadas pelo Governo de Tbilisi. "Junto à fronteira da Ossétia do Sul, há movimentos de tropas das Forças Armadas da Geórgia", afirmou, em comunicado, o Comitê de Informação e Imprensa da Ossétia do Sul. Segundo a declaração, que cita um relatório do Ministério da Defesa da Ossétia do Sul, o comando militar georgiano enviou uma coluna com peças de artilharia e duas baterias de morteiros à região do conflito. Os separatistas afirmaram que essas forças foram enviadas da base militar georgiana em Gori, que fica 25 quilômetros ao sul da capital da Ossétia do Sul, Tskhinvali. As denúncias do Governo separatista, que controla 65% da região, no norte da Geórgia e fronteiriça com a Rússia, foram negadas por Tbilisi.
"Essas informações não correspondem à verdade. Não há movimentações de tropas, nem forças adicionais foram enviadas à região do conflito", disse o porta-voz do Ministério do Interior georgiano, Shota Utiashvili. Utuashvili destacou que as únicas forças georgianas que se encontram na região do conflito são as tropas de paz e os efetivos policiais, cuja presença é contemplada pelos acordos de cessar-fogo de 1992.
O conflito entre a Geórgia e a Ossétia do Sul se intensificou na sexta-feira com troca de tiros de armas leves, nos quais seis pessoas morreram, todas elas da região separatista, e mais 30 pessoas de ambos os lados da disputa ficaram feridas.
Separatistas e georgianos trocaram acusações de iniciar as hostilidades, que ameaçam reativar o conflito, que deixou 2 mil mortos entre 1990 e 1992.
A porta-voz do Governo da Ossétia do Sul, Irina Gagloyeva, disso no sábado à noite que várias aldeias da região foram atingidas por disparos, mas não houve vítimas.
As autoridades da Geórgia acusaram os separatistas de disparar contra várias aldeias georgianas. Um dia antes, as autoridades da região separatista começaram a evacuação da população infantil de Tskhinvali para a vizinha Ossétia do Norte, na Rússia, à qual a Ossétia do Sul deseja se unir. O presidente da Ossétia do Norte, Teimuraz Mamsurov, se pronunciou hoje contra o uso de termos como "evacuação" e "refugiados" em relação ao trânsito entre as duas regiões ossetas. "As pessoas transitam nas duas direções. É preciso tirar esses termos da cabeça", disse Mamsurov, citado pela agência russa "Interfax".
Mamsurov se mostrou convencido de que a única maneira de garantir a paz na região do conflito entre a Geórgia e a Ossétia do Sul é o retorno de Tbilisi à mesa de negociações.
A Rússia pediu hoje à Geórgia e à Ossétia do Sul que reatem as conversas, e denunciou como "contraproducente e perigosa" a política de Tbilisi que procura mudar o atual formato das negociações. "Consideramos de suma importância a retomada do processo negociador no formato da Comissão Mista de Controle (formada por Rússia, Geórgia, Ossétia do Sul e Ossétia do Norte) e a realização de reuniões de trabalho urgentes de representantes das partes em conflito", afirmou o Ministério de Assuntos Exteriores russo.
Além disso, o comando russo das forças mistas de paz - formada por russos, georgianos e ossetas - acusou a Geórgia pelo rompimento do cessar-fogo.
As autoridades georgianas defendem a substituição das forças de paz russas por um contingente policial internacional, iniciativa que conta com apoio da União Européia (UE) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
As autoridades da Geórgia denunciam que a Ossétia do Sul e a Abkházia, a outra região separatista do país, têm apoio político, econômico e militar da Rússia.
HISTÓRICO DO CONFLITO NO CÁUCASO !
A origem do conflito entre Geórgia e Ossétia do Sul data de 1922, quando Josef Stalin transformou a hoje região separatista em Região Autônoma da República Socialista Soviética da Geórgia e acrescentou à área a planície adjacente, incluindo a cidade de Tskhinvali, habitada principalmente por georgianos.
Em 10 de novembro de 1989, o Congresso de Deputados Populares da região proclamou sua conversão em República Autônoma (dentro da Geórgia), decisão que o Parlamento georgiano declarou inconstitucional.
No ano seguinte, em 20 de setembro, os deputados locais proclamaram a soberania e a criação da República da Ossétia do Sul.
Em resposta, o Parlamento da Geórgia aboliu a autonomia da Ossétia do Sul, em 10 de dezembro de 1990.
Um dia depois, explodiram os enfrentamentos armados e morreram as três primeiras vítimas, e depois a Geórgia impôs o estado de exceção na região.
Em 10 de novembro de 1989, o Congresso de Deputados Populares da região proclamou sua conversão em República Autônoma (dentro da Geórgia), decisão que o Parlamento georgiano declarou inconstitucional.
No ano seguinte, em 20 de setembro, os deputados locais proclamaram a soberania e a criação da República da Ossétia do Sul.
Em resposta, o Parlamento da Geórgia aboliu a autonomia da Ossétia do Sul, em 10 de dezembro de 1990.
Um dia depois, explodiram os enfrentamentos armados e morreram as três primeiras vítimas, e depois a Geórgia impôs o estado de exceção na região.
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