sexta-feira, 7 de novembro de 2008

BRASILEIROS MORREM MAIS POR MAUS HÁBITOS DE SAÚDE !

Um terço dos óbitos é relacionado a sedentarismo, tabagismo e alcoolismo; depois vêm câncer e causas externas
De Catarina Alencastro:
O brasileiro tem morrido menos de doenças típicas de países pobres do que no passado. O perfil da mortalidade no país, traçado no relatório Saúde Brasil 2007, divulgado ontem pelo Ministério da Saúde, indica que o que mais mata no Brasil atualmente são doenças relacionadas ao sedentarismo, tabagismo, má alimentação e alcoolismo.
No topo do ranking da mortalidade, com 32,2% do total, estão enfermidades do aparelho circulatório, como derrames, infartos, hipertensão e insuficiência cardíaca. Em segundo lugar, com 16,7%, estão neoplasias malignas, que reúnem os diferentes tipos de câncer, seguido por causas externas (14,5%), geralmente relacionadas à violência.
* Morre muito mais gente em acidentes de trânsito em São Paulo do que por homicídio. A constatação é da Secretaria de Segurança Pública, comprovada pelo número de ocorrências registradas. De acordo com as estatísticas oficiais, nos três primeiros trimestres deste ano foram registrados ao todo 275 mais homicídios culposos, caso dos acidentes de trânsito, quando não há intenção de matar, que de homicídios dolosos.
* As mortes por causas violentas cresceram 7,8% no país entre 2000 e 2005. A região que mais registrou aumento de assassinatos e acidentes de trânsito no período foi o Norte: 35%. No Nordeste, o aumento foi de 21%, no Centro-Oeste, 13%, e no Sul,15%. O Sudeste foi a única região do país a registrar queda de mortes violentas: menos 4% no período. Segundo o relatório Saúde Brasil 2007, divulgado ontem pelo Ministério da Saúde, a violência é a terceira principal causa de morte no país. Mas, nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, é a segunda principal causa de morte.
* O relatório Saúde Brasil 2007 revela que pessoas negras têm três vezes mais risco de serem assassinadas que as demais. O estado onde essa tendência é mais forte é a Paraíba. Lá, os negros têm nove vezes mais chances de serem assassinados que os brancos. Em 2005, a taxa de homicídios entre negros paraibanos foi de 30,2 para cem mil habitantes, enquanto entre os brancos o índice foi de 3,3 assassinatos. Em seguida vem Alagoas e o Distrito Federal, com risco quase seis vezes maior para os negros. No país, enquanto apenas 36,1% dos brancos morrem antes dos 70 anos, quase metade dos negros (48,9%) morre antes de chegar à terceira idade.

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