segunda-feira, 10 de novembro de 2008

CÚPULA DO DIA 15 DE NOVEMBRO : QUEM DOMINA O MUNDO - PARTE 01

Está na cara que quem Domina o Mundo, são os Países Desenvolvidos, ou do Norte !
Também está claro que os países Subdesenvolvidos, incluindo aqueles chamados Emergentes, são os Dominados !

Nesta reportagem de hoje, temos uma visão a respeito da reunião do G20, que acontecerá no próximo dia 15 de Novembro, e que já tem mostrado as possibilidades ou não de soluções para a Crise Financeira Global, e que tanto países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos tem opiniões as vezes, ou na maioria delas Divergentes sobre !

Semana que Vem, responderei, mais diretamente a seguinte questão proposta nesta publicação :

Quem Manda no Mundo ?

Por ser uma reunião política, a cúpula do dia 15 em Washington não vai discutir, como é óbvio, os aspectos técnicos da reforma do sistema financeiro internacional. Como diz o ministro Guido Mantega, não teria sentido os presidentes deliberarem, por exemplo, sobre como regular os fundos de hedge.
A reportagem é de Clóvis Rossi e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 10-11-2008.
A cúpula será, de todo modo, um avanço se os governantes se entenderem sobre dois elementos políticos fundamentais: qual deve ser a diretoria do mundo - ou seja, o grupo que coordena decisões e busca consensos- e como deve ser gerenciada uma economia que se globalizou mas ainda e é regulada por instituições nacionais.
O exemplo dado na sexta-feira pelo ministro Mantega é perfeito para mostrar o segundo dilema: os "xerifes" das Bolsas nos EUA e no Brasil podem até funcionar muito bem em relação às operações internas mas nem sempre conseguem detectar abusos quando a operação se dá de um país para o outro.
O Brasil, com o apoio de boa parte dos emergentes, defende uma supervisão/regulação supranacional. Mas os EUA tradicional e firmemente se opõem, acompanhados por outros ricos mais discretamente.Por isso mesmo, um dos mais lúcidos funcionários internacionais - Pascal Lamy, diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio) - pede "uma revolução ideológica" para implementar autoridades supranacionais, tese que ele defendeu em entrevista ao jornal "Le Monde". "Há organizações mundiais para comércio, saúde, meio-ambiente, telecomunicações, alimentação. Há dois buracos negros na governança global: nas finanças, com suas bolhas, e na imigração."
Tapar esse "buraco negro" seria um objetivo central da cúpula de Washington, claro que não imediatamente. Seria tolice supor que uma única reunião mudaria o sistema.
Basta lembrar que os acordos de Bretton Woods, que criaram o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Bird (Banco Mundial), em 1944, surgiram após três anos de negociações. Trevor Manuel, o ministro sul-africano de Finanças, que presidia o G20 no ano passado, lembrou ontem que o grupo "não representa os países mais pobres do mundo". De todo modo, as discussões em São Paulo representaram um reforço para o G20 menos abrangente do que gostaria o governo brasileiro. Em nenhum momento, surgiu a proposta de o G20 substituir o G7.
A instituição que é mais acarinhada pelo comunicado do G20 é o velho FMI, ao qual se reconhece uma capacitação macro-financeira suficiente para "um papel de liderança".
Claro que não poderá ser o FMI atual, em que os EUA, com sua cota algo superior a 17%, tem o poder de, sozinho, bloquear boa parte das decisões, que dependem de uma maioria de 85% dos votos. Tanto que o G20 recomenda uma reforma abrangente do Fundo e também do Bird, para que as cotas e os votos reflitam as mudanças no peso econômico dos países emergentes. Resta ver como se traduz na prática essa recomendação, o que eventualmente começará a ficar claro em Washington.
Dominique Strauss-Kahn, diretor-gerente do Fundo, concordou parcialmente com a demanda: "É a primeira vez que temos uma crise global e, neste momento, os recursos do FMI são suficientes. Em crises futuras, podem não ser. Precisamos estar preparados".

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