Amanhã de manhã, as Bolsas decidirão
“Com a respiração suspensa se espera a abertura das Bolsas européias na manhã desta segunda-feira”, escreve Eugenio Scalfari, jornalista italiano, no jornal La Repubblica, 12-10-2008.
Depois do G7 de ontem e a cúpula européia de hoje, os mercados julgarão a eficiência das decisões tomadas pelos “Grandes”. “Mas até esta qualificação, comenta Scalfari, está em discussão: se os mercados não tiverem recuperado a confiança apesar das decisões de Washington e de Paris então os assim chamados Grandes não serão mais do que bonecos num teatro de fantoches, sem credibilidade e força.
“Com a respiração suspensa se espera a abertura das Bolsas européias na manhã desta segunda-feira”, escreve Eugenio Scalfari, jornalista italiano, no jornal La Repubblica, 12-10-2008.
Depois do G7 de ontem e a cúpula européia de hoje, os mercados julgarão a eficiência das decisões tomadas pelos “Grandes”. “Mas até esta qualificação, comenta Scalfari, está em discussão: se os mercados não tiverem recuperado a confiança apesar das decisões de Washington e de Paris então os assim chamados Grandes não serão mais do que bonecos num teatro de fantoches, sem credibilidade e força.
Esperemos que não seja assim porque a alternativa seria uma catástrofe planetária”.
As conclusões dos dois encontros de Washington e Paris podem ser sintetizadas assim:
1.- um escudo geral de proteção dos depósitos bancários, garantido pelos governos dos países do G7 e União Européia;
2.- um segundo escudo, também assumido pelos governos, que garante a liquidez dos bancos e a sua força patrimonial.
3.- estas garantias acima são estendidas também aos empréstimos interbancários que são o ponto mais sensível do sistema. Os bancos, há quase um mês, não mais emprestam dinheiro reciprocamente apesar dos aportes feitos pelos Bancos Centrais. Criou-se um gigantesco gargalo que gera conseqüências de extremo perigo.
4.- Nos EUA, o plano Paulson prevê também um intervenção (os famosos 700 bilhões de dólares) para a aquisição, por parte do Tesouro, dos títulos podres ainda em poder dos bancos.
1.- um escudo geral de proteção dos depósitos bancários, garantido pelos governos dos países do G7 e União Européia;
2.- um segundo escudo, também assumido pelos governos, que garante a liquidez dos bancos e a sua força patrimonial.
3.- estas garantias acima são estendidas também aos empréstimos interbancários que são o ponto mais sensível do sistema. Os bancos, há quase um mês, não mais emprestam dinheiro reciprocamente apesar dos aportes feitos pelos Bancos Centrais. Criou-se um gigantesco gargalo que gera conseqüências de extremo perigo.
4.- Nos EUA, o plano Paulson prevê também um intervenção (os famosos 700 bilhões de dólares) para a aquisição, por parte do Tesouro, dos títulos podres ainda em poder dos bancos.
Mas esta lei, aprovada pelo Congresso dos EUA, com muitas modificações e depois de dez dias de discussões, só poderá entrar em ação depois de um mês porque ela é tecnicamente muito complexa. Por isso o seu efeito sobre o mercado, até agora, foi nulo.
"Antes mesmo de esperar o dia de amanhã, pode-se, no entanto, constatar que as dimensões das quatro medidas acima são imensas e ilimitadas", comenta o jornalista italiano.
Segundo ele, "hoje, ninguém no mundo é capaz de conhecer o montante dos títulos podres em poder dos bancos de todo o mundo e ninguém pode avaliar as outras fontes de endividamento que, numa situação de emergência como a atual, podem se acmular de uma hora para outra, começando pelos cartões de crédito. O FMI, há pouco, fez uma estimativa de 1 trilhão e 400 bilhões de dólares como o montate complexivo, mas era uma avaliação limitada aos títulos relacionados aos “subprime” imobiliários".
E continua:
"Mas o que está em discussão é a confiança dos depositantes e dos poupadores dos dois continentes. Portanto, a questão agora não consiste nas cifras. Se as medidas tomadas pelo G7 e a União Européia recuperarem a confiança dos mercados, os governos não precisarão desembolsar nenhum centavo ou pouquíssimo para curar uma ou outra ferida local e marginal.
Mas se a confiança não voltar, não há dique construído pelos governos mais fortes do planeta que possa resistir ao impacto da ondata dos mercados.
Isso tudo para dizer que a credibilidade dos governos para decidir uma partida se joga totalmente sobre a palavra e não tanto sobre os capitais disponíveis.
Quanto á credibilidade, Bush tem pouca e o seu ministro do Tesouro menos ainda. Mais ainda. Daqui a vinte e cinco dias muda o governo americano. Os compromissos asssumidos hoje pelo governo americano serão cumprido por outras pessoas".
E conclui:
"Contudo os EUA são uma potência planetária que se sustenta com o seu próprio peso. As consultas entre os que hoje estão no govenro e os dois candidatos à presidência é contínua. Os mercados conhecem estas situações e a terão em conta ainda que a coincidência da crise com a proximidade das eleições presidenciais não é, certamente, a mais feliz".
"Antes mesmo de esperar o dia de amanhã, pode-se, no entanto, constatar que as dimensões das quatro medidas acima são imensas e ilimitadas", comenta o jornalista italiano.
Segundo ele, "hoje, ninguém no mundo é capaz de conhecer o montante dos títulos podres em poder dos bancos de todo o mundo e ninguém pode avaliar as outras fontes de endividamento que, numa situação de emergência como a atual, podem se acmular de uma hora para outra, começando pelos cartões de crédito. O FMI, há pouco, fez uma estimativa de 1 trilhão e 400 bilhões de dólares como o montate complexivo, mas era uma avaliação limitada aos títulos relacionados aos “subprime” imobiliários".
E continua:
"Mas o que está em discussão é a confiança dos depositantes e dos poupadores dos dois continentes. Portanto, a questão agora não consiste nas cifras. Se as medidas tomadas pelo G7 e a União Européia recuperarem a confiança dos mercados, os governos não precisarão desembolsar nenhum centavo ou pouquíssimo para curar uma ou outra ferida local e marginal.
Mas se a confiança não voltar, não há dique construído pelos governos mais fortes do planeta que possa resistir ao impacto da ondata dos mercados.
Isso tudo para dizer que a credibilidade dos governos para decidir uma partida se joga totalmente sobre a palavra e não tanto sobre os capitais disponíveis.
Quanto á credibilidade, Bush tem pouca e o seu ministro do Tesouro menos ainda. Mais ainda. Daqui a vinte e cinco dias muda o governo americano. Os compromissos asssumidos hoje pelo governo americano serão cumprido por outras pessoas".
E conclui:
"Contudo os EUA são uma potência planetária que se sustenta com o seu próprio peso. As consultas entre os que hoje estão no govenro e os dois candidatos à presidência é contínua. Os mercados conhecem estas situações e a terão em conta ainda que a coincidência da crise com a proximidade das eleições presidenciais não é, certamente, a mais feliz".
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