quinta-feira, 29 de maio de 2008

CELULAS TRONCO: LIBERAR PESQUISAS ?

Observe o mapa acima, e identifique os países que são favoráveis ou não às pesquisas com células-tronco, a grande polêmica do momento !
A complexidade dessa questão pode ser demonstrada através da dificuldade que várias nações enfrentam para definir sua postura e criar leis sobre o tema. A pesquisa com células-tronco é polêmica. Quando se trata do uso de células-tronco adultas, a legislação costuma ser a mesma dos transplantes de órgãos.
A grande discussão gira em torno das células-tronco embrionárias obtidas, normalmente, de embriões descartados em clínicas de fertilidade. Não há um consenso mundial sobre a liberação das pesquisas com células humanas. Dos países que integram a União Européia (UE), a Inglaterra foi o primeiro país a liberar, em agosto de 2000, os experimentos com células-tronco de seres humanos. Mas, até hoje, apenas Finlândia, Grécia, Suíça e Holanda seguiram seu exemplo. Na Alemanha, a criação de embriões para pesquisa é proibida, embora eles possam ser importados de outros países. No restante da Europa, o assunto ainda é motivo de restrições éticas. Países como Austrália e Israel já se posicionaram a favor das pesquisas.

E o Brasil, como será decidida a questão ?

Leia a notícia publicada neste dia 29 de Maio, as 15:45 h: " Seis ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram contra a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que questiona as pesquisas com células-tronco retiradas de embriões descartados em tratamentos de fertilização. Outros três propuseram uma série de restrições às pesquisas. O placar é suficiente para que o Supremo tome uma decisão a favor da manutenção do que prevê a Lei de Biossegurança, sancionada em 2005, que permite este tipo de pesquisa. A Adin alega que a lei fere o princípio do direito à vida, previsto na Constituição".

Pela Notícia acima, venceram aqueles que defendiiam a proposta aprovada pelos ministros do STF.

Quem comemorará esta possibilidade ?

Segundo alguns biólogos : " O ponto central da discussão é o fato de que para retirar as células-tronco embrionárias é necessário destruir os embriões. Alguns grupos religiosos afirmam que usar células-tronco embrionárias de embriões congelados equivale a um aborto. Não é verdade. No aborto provocado, a vida de um feto é interrompida dentro do útero da mãe. No caso de embriões congelados, produzidos por reprodução assistida, o embrião é feito em um tubo de ensaio nas clínicas de fertilização. Lá o potencial de vida não existe enquanto não houver a introdução do embrião dentro do útero. Na prática, esses embriões, que ficam congelados por anos, acabam se tornando inviáveis e são descartados. Outro argumento religioso diz que usar células-tronco embrionárias é matar um embrião, pois a vida se inicia no momento da fecundação. Novamente, não é. O consenso de quando a vida se inicia não existe embora todos concordem, inclusive religiosos, que a vida termina quando pára a atividade cerebral. Por que não adotar o mesmo critério para o início da vida? Partindo dele, ela se inicia quando aparecem os primeiros vestígios de terminações nervosas, ou seja, no 14º dia após a fertilização – o congelamento de embriões acontecem geralmente no 5º dia após a fertilização. Com a aprovação da pesquisa com células-tronco embrionárias, os nossos parlamentares deram aos cientistas brasileiros a chance de trabalhar em prol de milhões de brasileiros que hoje têm uma vida limitada".

AS VISÕES RELIGIOSAS SOBRE O TEMA !

A Igreja Católica considera a destruição de embriões equivalente ao aborto. Ela acredita que a vida de uma pessoa tem início na fecundação, desta forma não há justificativa eticamente adequada para tal tipo de pesquisa.

A Lei Judaica (Halachá) não faz objeção ao uso de um embrião em estágio tão primário. De acordo com o presidente da Comissão Bioética do Conselho Rabínico da América, rabino Moshe D. Tendler, um óvulo fertilizado in vitro não tem "humanidade". Sem a implantação em um útero permanece um zigoto ou pré- embrião, não sendo vista a destruição do mesmo como um aborto.

A Igreja Ortodoxa, principal religião da Rússia, condena a clonagem, mesmo para fins terapêuticos. "Nós condenamos a clonagem terapêutica, assim como a reprodutiva, porque o embrião, a partir da concepção, pode ser considerado um portador da dignidade humana e abençoado com o dom da vida", disse o padre Antony Lyin, representante do Patriarcado de Moscou.
COMENTÁRIO: Diante de todas as análises feitas sobre o tema, posso afirmar que as preocupações das religiões, dos governos traduzem uma realidade que é pertinente : Aprovar as pesquisas, como já foi feita no Brasil, poderá levar grupos de todas as partes iniciarem o processo, mas a questão, é que a a vida embrionária ? Onde estará quando as pesquisas iniciarem ? e a questão da ÉTICA ?
As mudanças nesta autorização poderá nos levar, por um lado a assistirmos pesquisas inéditas no Brasil, ligadas ao tema, e ao mesmo tempo, poderá nos assustar, quando começarmos a ver casos de pessoas que se venderam, ou venderam parte de seu corpo para "ajudar" nas pesquisas.
E VOCÊ, O QUE ACHAS DO TEMA, ÉS A FAVOR OU CONTRA ?

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