Concebida inicialmente em 1970, a construção da terceira usina nuclear brasileira volta à tona na condição de prioridade do governo Lula. Angra 3 é apenas o primeiro passo de um ambicioso projeto de expansão nuclear.
Além das grandes construtoras, também aguardam ansiosamente pela liberação de Angra 3 setores da área atômica que esperam alcançar a auto-suficiência nacional na produção de combustível nuclear.
Apesar de o Brasil já dominar essa tecnologia, parte do ciclo de processamento do urânio ainda é feita no exterior, pois não há escala para justificar economicamente tais atividades - realidade que tende a mudar com a construção de novas usinas.
A cobiça para o desenvolvimento da exploração e o enriquecimento do urânio é grande. O território nacional abriga a sexta maior reserva internacional desse minério, fator que incentiva tais interesses.
A cobiça para o desenvolvimento da exploração e o enriquecimento do urânio é grande. O território nacional abriga a sexta maior reserva internacional desse minério, fator que incentiva tais interesses.
O grupo ambientalista Greenpeace divulgou, dia 17 de março, um relatório chamado "Elefante branco: os verdadeiros custos da energia nuclear", no qual critica a retomada da usina alegando ser economicamente inviável. O documento revela que Angra III custará, além dos R$ 7,2 bilhões oficialmente divulgados pelo governo, pelo menos mais R$ 2,372 bilhões por conta dos juros sobre o capital imobilizado para a obra.
Já a Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Atividades Nucleares (Abdan) afirma que o retorno do investimento será aceitável e reforça que o maior benefício é a garantia do fornecimento de energia e o fim do risco de um apagão de conseqüências muito maiores para toda a sociedade.
Já a Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Atividades Nucleares (Abdan) afirma que o retorno do investimento será aceitável e reforça que o maior benefício é a garantia do fornecimento de energia e o fim do risco de um apagão de conseqüências muito maiores para toda a sociedade.
Acredito ser necessário um debate mais abrangente para entendermos e analisarmos os prós e contras a esta aventura, que já trouxe muitos prejuízos financeiros, quando analisados os resultados do custo x benefícios de Angra I e II.
Agora, concluir Angra III pode nos dar uma realidade nova no que se refere a diversificação de matriz energética e também de oportunidade de formar pessoas para o futuro, quando a energia nuclear será realmente necessária.
Também não podemos esquecer que outras fontes alternativas podem ser mais baratas, quanto ao seu aproveitamento, levando em consideração as disponibilidades naturais do Brasil, como, a Solar, a Eólica, a Biomassa, e outras.
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